quinta-feira, 23 de junho de 2011
«PUDERA EU, AMOR»
Pudera eu subir o rio do ‘squecimento
Navegar em águas densas d’ilusões
E deixar no negro cais do sofrimento
Tua imagem, além de mil recordações
Varar em esconsa praia o meu batel
E aí desembarcar o resto de quimeras
Que teimam seguir-me com seu fel
Lembrando-me quem eu sou e quem tu eras
Pudera olvidar, amor, que tu existes
E ‘scapar a esta chama que me abrasa
Devorando minha vida a cada instante
Que venham ventos e a maré vazante
Apagar este apego que tudo arrasa
E secar a cacimba de meus olhos tristes
(pensando em 'Betty Boop')
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