quarta-feira, 30 de setembro de 2009

3 GRANDES VELEIROS : «EAGLE», «CREOULA» E «ESMERALDA»

Eis aqui as fotos de três conhecidos veleiros tiradas pelo bloguista (em 1994) da margem esquerda do Sena, nas proximidades de Ruão. Estes navios, que aqui vão a caminho do oceano, foram alguns dos muitos que, nesse ano, participaram na ‘Armada’, evento muito esperado pelos entusiastas europeus da navegação à vela. E não só. Basta dizer que durante o período de 8/10 dias que dura a estadia e exibição dos maiores e mais belos veleiros do mundo no porto da capital normanda, afluem ali 10 milhões de visitantes ! O acontecimento repete-se (em princípio) de 4 em 4 anos e é, simplesmente, fenomenal. Não só pela presença de tão prestigiosos navios, mas também pela animação que reina em Ruão nessas ocasiões e pela organização de centenas de eventos de carácter cultural e outros : concertos, exposições, mostras de artesanato, de gastronomia, etc.
Se algum leitor encarar a hipótese de ir a Ruão aquando da organização da próxima ‘Armada’, para assistir a um dos maiores espectáculos náuticos jamais visto, aconselho-o a reservar quarto num dos muitos hotéis da cidade (que são dezenas, de todas as categorias) com, pelo menos, um ano de antecedência. Ou então, a travar conhecimento com um dos 15 000 portugueses que por ali residem e que possa e aceite recebê-lo em sua casa.

O 1º veleiro mostrado é o «EAGLE», navio-escola da Guarda Costeira norte-americana. É idêntico à barca «Sagres». Distingue-se desta e de outros navios similares, pelas barras oblíquas pintadas na proa, sobre as quais figura o brasão do ramo das forças armadas dos Estados Unidos que o utiliza. E, também, pela figura de proa, que faz jus ao nome do veleiro : uma decorativa águia dourada.

O 2º é o lugre «CREOULA», antigo bacalhoeiro que o armador Bensaúde utilizou na pesca longínqua e que teve -durante décadas- o seu fundeadouro de inverno no rio Coina, junto à seca da Azinheira Velha, na Telha (Santo André, Barreiro). Restaurado, este navio está hoje, felizmente e como todos sabem, sob a responsabilidade da Armada, que assegura a sua manutenção e o utiliza como navio de treinos no mar.

O 3º é o «ESMERALDA», navio-escola chileno irmão gémeo do «Juan Sebastián de Elcano», da armada espanhola. Este belíssimo veleiro ganhou uma péssima reputação, por ter sido –durante o ignóbil consulado do general Pinochet- transformado em prisão flutuante e local de torturas. A marinha do Chile, que havia negado tal facto, acabou (recentemente) por admiti-lo. O navio, que chegou a ser alvo de manifestações de desagrado nos portos estrangeiros que escalava, não tem, obviamente, culpa das bestices cometidas a bordo. Mas que mancharam a sua reputação por muitos anos...

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