segunda-feira, 19 de março de 2018

NA MORTE DE MARIELLE FRANCO

Marielle Franco (de seu verdadeiro nome Marielle Francisco da Silva), socióloga brasileira (negra e favelada), feminista, militante dos direitos humanos e vereadora do Rio de Janeiro, foi assassinada a tiro há poucos dias. A 14 do corrente mês de Março. Foi vilmente assassinada por desconhecidos, que a abateram, traiçoeiramente, numa rua da sua cidade natal. Embora ainda não identificados, sabe-se que os criminosos agiram por vingança, depois de Marielle ter denunciado veementemente a acção ultra-violenta do exército e de outras forças militarizadas contra as populações mais pobres da pretensa 'Cidade Maravilhosa'; onde o sangue dos traficantes locais (pretexto para a acção repressiva de Temer) se mistura com o de muitas centenas de inocentes. Segundo a imprensa brasileira (jornal «Estado de São Paulo»), as mortes criminosas de Marielle Franco (que era membro do PSOL - Partido Socialismo e Liberdade) e de Anderson Gomes, seu motorista, elevam para 194 o número de políticos e de activistas brasileiros assassinados nestes últimos cinco anos... -Para onde vais Brasil ? É a pergunta que todos fazemos. Enquanto aguardamos a resposta, aqui fica expressa a nossa pena pelas vítimas da repressão sem nome que se abateu sobre terras de Vera Cruz; mas também a nossa indignação pela atitude ditatorial do governo golpista; que, e isso é evidente, quer impor ao Brasil mais um regime baseado na violência dos oligarcas contra a multidão dos mais desprotegidos e contra aqueles que, sem medo, continuam a denunciar as injustiças da sociedade brasileira.

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