terça-feira, 6 de dezembro de 2016

NAVIOS MISTOS

Quando, no último quartel do século XIX, se começaram a adaptar as máquinas de propulsão a vapor aos navios ditos de alto mar, os armadores não confiaram em absoluto nessa nova tecnologia e, por causa disso, continuaram a manter em uso, nas suas embarcações, os tradicionais mastros e respectivo velame. Nasceu, então e assim, uma nova categoria de navios ditos mistos; porque recorriam, simultaneamente, ao emprego da milenar força eólica e à revolucionária invenção de Robert Fulton, o engenheiro norte-americano que concebeu o primeiro navio a vapor de transporte de passageiros. Essa situação perdurou até inícios do século XX; até ao momento em que a nova técnica se afirmou definitivamente e relegou os ancestrais panos para uso exclusivo dos 'sportmen', amadores de regatas. O navio que ilustra este texto é o «Ebro», uma embarcação (de passageiros e carga) desse período de transição, que hasteou bandeira espanhola; e que, no decorrer da sua vida activa, operou no mar Mediterrâneo, entre a Catalunha e as ilhas Baleares.

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