sábado, 24 de dezembro de 2016

JÁ OUVIU PRONUNCIAR O NOME DE ANTÓNIO GALVÃO ?


Provavelmente nunca ! -Embora esse homem tenha sido uma figura de particular relevo na épica História de Portugal do século XVI.
Presumem alguns historiadores que António Galvão tenha nascido na Índia por volta de 1490. Mas também há quem diga que era natural de Lisboa. Certo é que era filho do cronista e diplomata Duarte Galvão, autor da «Crónica do Mui Alto e Mui Esclarecido Príncipe D. Afonso Henriques, Primeiro Rei de Portugal». De qualquer modo, António Galvão passou muito anos no Oriente, onde os seus conhecimentos e experiência da região contribuíram para que fosse empossado no cargo de capitão e governador das ilhas Molucas. Pacificou esse território, do qual foi bom administrador, e ali mandou erigir -a expensas suas- muitas igrejas. Facto que lhe valeu o epíteto de «Apóstolo das Molucas». Veio para a Europa sem um tostão no bolso (em estado de profunda miséria, dizem alguns), vivendo da caridade alheia; que ele retribuiu servindo, durante 17 anos (os últimos da sua vida), no Hospital Real de Todos os Santos, em Lisboa. Escreveu o «Tratado dos Descobrimentos Antigos e Modernos Feitos Até à Era de 1550»; obra que, apesar de encerrar alguns erros. se tornou notável pela vasta e importante informação transmitida nos domínios da botânica, da zoologia, da geografia, da antropologia e da etnografia. Livro tão importante, que foi traduzido em língua inglesa logo no ano de 1601. António Galvão -que, mesmo entre nós, continua a ser um ilustre desconhecido- faleceu na capital do reino a 11 de Março de 1557.

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