quinta-feira, 7 de agosto de 2014

SACRIFÍCIO SUPREMO

Durante a Segunda Guerra Mundial, as operações navais tiveram uma importância determinante no desfecho do conflito. Assim, no Atlântico norte, entre 1939 e 1945, foi crucial a vitória da 'Royal Navy' contra a frota submarina alemã. E, mais tarde, aquando das operações nos oceanos Índico e Pacífico, também foi a intervenção das marinhas de guerra aliadas -com particular destaque para a formidável armada dos Estados Unidos da América- que fez o essencial do trabalho para levar de vencida as agressivas forças do império nipónico. Durante essas operações, as necessidades do momento e o arrojo de equipagens denodadas sobrepuseram-se, por vezes, a acções previamente elaboradas pelos Estados-Maiores e que estes exigiam que fossem cumpridas à risca. Para benefício colectivo. Estou-me a lembrar, por exemplo, de aviadores que, em desespero de causa, lançaram os seus aviões contra aeronaves ou objectivos inimigos, sacrificando -em ocasiões desesperadas- as suas próprias vidas. Ou do simples soldado de infantaria que se deixava cair sobre uma granada do adversário, para,  poupar a vida dos seus companheiros de combate. Coisas que sendo raras, aconteceram, afinal, em várias ocasiões. Vem todo este palavreado a propósito das imagens anexadas, que mostram 'destroyers' das marinhas inglesa e norte-americana atirando-se literalmente para cima de submarinos inimigos como única e desesperada forma de os aniquilar e de, assim, diminuir o perigo letal que eles representavam. Incidentes desta natureza aconteceram realmente. E quando isso ocorria, o desfecho era sempre o mesmo para os submersíveis; que geralmente eram cortados ao meio e mergulhavam -definitivamente- no abismo oceânico com armas e equipagens. Mas, para os 'destroyers' (também chamados contratorpedeiros) o desenlace também podia ser fatal. Com efeito, estes navios eram, geralmente, unidades de pequena tonelagem, que o choque tremendo causado pelo abalroamento voluntário podia abalar e, no pior dos casos, afundar. Daí haver a absoluta necessidade de realçar a coragem dos seus heróicos capitães e marinheiros. É isso que, há distância de mais de 7 décadas, estou aqui a fazer.

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