sexta-feira, 29 de agosto de 2014

CINEMA RENASCE COM PROJECÇÃO DE «A DESAPARECIDA»

O Cinema Ideal (ex-salão Ideal, ex-Cine Camões, ex-Cinema Paraíso) reabre, hoje, as suas portas na rua do Loreto, em Lisboa. Isto, depois de um investidor ter (em boa hora !) apostado na sua sobrevivência enquanto espaço consagrado à 7ª Arte e de ter gasto cerca de 1/2 milhão de euros na sua reabilitação. Com capacidade para 200 espectadores, o Cinema Ideal estreia-se com dois filmes : «E Agora ? Lembra-me», do realizador português Joaquim Pinto e «A DESAPARECIDA», obra incontornável do cinema do Oeste, que mestre John Ford realizou em 1956. Lembro que esta última fita -que tem na interpretação dos principais papéis os actores John Wayne, Jeffrey Hunter, Natalie Wood, Vera Miles e Ward Bond- é considerada por muita gente (críticos e cinéfilos) o melhor western jamais realizado e que figura em 7º lugar na lista dos melhores filmes de sempre estabelecida pela revista «Sight and Sound», órgão oficial do prestigioso British Film Institute. Confesso que é nestas ocasiões que eu gostaria de morar na capital. Porque, certamente, não falharia este momento histórico da inauguração de um novo cinema (num tempo de bota abaixo) e a oportunidade de rever uma obra-prima no grande ecrã. Embora «A DESAPARECIDA» seja o filme que eu mais vezes vi na vida (20, 30 vezes ?), desde que, em finais da década de 50 (do passado século, obviamente), fiz a sua descoberta na modesta esplanada de um bairro periférico do Barreiro. E que, apesar da minha pouca idade, me dei conta que estava na presença daquele que viria a ser o filme da minha vida.

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