sexta-feira, 28 de novembro de 2014

OS NÉCTARES DE PANTELÁRIA

/// Os vinhos de Pantelária (ilha situada entre a Sicília, à qual está ligada administrativamente, e as costas da Tunísia) foram reconhecidos -ao mesmo tempo que o Cante Alentejano- Património Imaterial da Humanidade. Tendo passado férias na Sicília (nos derradeiros anos do século passado), tive ali a ocasião de provar (graças à minha curiosidade, que me espicaça a experimentar tudo o que é de comer e de beber, mesmo as coisas mais insólitas) um Moscato autóctone. E, confesso, que me soube muito bem. Embora continue a achar que, em matéria de vinhos moscatéis licorosos, nenhum chega aos calcanhares do Moscatel Roxo, que se produz na península de Setúbal. Isto dito, achei bem que a UNESCO tenha consagrado os néctares de 'Pantelleria', essa pequena ilha vulcânica do Mediterrâneo (dez vezes mais pequena que a Madeira), agora a braços com o trágico problema do afluxo de refugiados em proveniência das costas africanas. Problema que ali está a criar perturbação (pelo seu peso dramático superdimensionado) e para o qual a Europa comunitária ainda não conseguiu (ou não quis) achar solução. Ainda em relação aos vinhos de Pantelária (é assim que, na nossa língua, se deve escrever o seu nome), imagino que quem deve estar muito contente é a 'star' francesa Carole Bouquet (que foi uma das 'James Bond Girl' e modelo da casa Chanel), que ali possui uma vinha e produz uma já prestigiosa (passe a publicidade) marca de 'passito' : os vinhos Sangue d'Oro.

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