sábado, 26 de novembro de 2016

MORREU FIDEL CASTRO

Faleceu ontem (25 de Novembro de 2016) em Havana -com 90 anos de idade- Fidel Castro, 'el Comandante', o líder máximo da Revolução Cubana. Homem controverso, deixou, no entanto, a sua marca na História Universal, pelo facto de ter resistido -durante décadas e dácadas- à política imperialista dos seus poderosos vizinhos do norte; que utilizaram todos os meios, todos os golpes -mesmo os mais baixos- para vencer a sua rebeldia e a do seu povo. Ficará também na memória de todos, mas sobretudo na dos latino-americanos, por ter feito de Cuba um país diferente, onde a população alcançou vitórias significativas (e indesmentíveis) nos domínios da saúde, da educação, do desporto, etc. Isso, apesar de Cuba ter sido submetida a um apertado e vergonhoso boicote económico (que ainda perdura) por parte dos Estados Unidos; que assim quiseram vingar-se dos insubmissos caribenhos de maneira mesquinha. É verdade que a Cuba castrista nunca chegou a ser um paraíso na Terra, mas -é esta a minha opinião- a herança de Fidel é globalmente positiva. Sobretudo, se comparada com a deixada pelos protegidos dos 'states' naquela região do mundo; que se caracterizou pela miséria infame das populações e pela extrema violência com que elas foram tratadas (pelos paramilitares e outros esquadrões da morte de triste memória) em países como a Guatemala, como El Salvador, como as Honduras, como a Nicarágua somozista ou como o Chile de Pinochet, entre outros. Fidel Castro disse uma vez que a História o absolveria. Eu já lhe dei a minha indulgência. E desejo-lhe que descanse em paz, apesar dos ruidosos e asquerosos folguedos dos 'contras' de Miami. Que estão muito bem onde se encontram, sobretudo depois de terem votado maciçamente em Donald Trump...

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