segunda-feira, 11 de março de 2013

A PROPÓSITO DA MINI-SÉRIE «VERMELHO BRASIL»

Na passada noite quis ver  -no 1º canal da RTP- o segundo episódio da mini-série «VERMELHO BRASIL», inspirada num romance do escritor Jean-Christophe Rufin, galardoado com o prémio Goncourt 2001. E vociferei, e praguejei durante 50 minutos contra a imbecilidade dos 'responsáveis' desse canal público de televisão. Então não é que essas bestas incrustraram no ângulo superior direito do ecrã -durante quase toda a exibição do episódio em questão- a descomuninal fotografia de um Fiat 500 e o número de telefone utilizável para o poder ganhar num concurso da casa ? -Simplesmente vergonhoso !!! - A RTP não tem o direito moral de sabotar uma obra (seja ela qual for !) que ela transmite, com publicidade parva como esta. Já nos basta o também indesejado logo do canal. Que quanto a mim, também não tem que figurar e desfear obras de natureza artístico-cultural. Sejam elas quais forem. No que me diz respeito, acabou aqui o meu desejo de ver os restantes episódios desta mini-série. Que é uma co-produção franco-canadiana-luso-brasileira e que relata um episódio pouco conhecido da História colonial do Brasil : a tentativa de ocupação da baía da Guanabara pela expedição do francês Nicolas Durand de Villegaignon. Personagem de meados do século XVI, que dali acabou por ser escorraçado, rapidamente, pelos Portugueses. Esta mini-série, que tem -num dos principais papéis- o nosso compatriota Joaquim de Almeida, merecia melhor sorte do que aquela que lhe reservou a RTP. Televisão estatal, que não tem que comportar-se (de modo algum) como se comportam os canais privados e comerciais do nosso mundo televisivo. Repito, no que me diz respeito prefiro investir 17 euros na compra da dita mini-série (é o seu custo no 'site' Amazon.fr) do que ter que suportar as asneirolas de quem pode manda na RTP.

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