quarta-feira, 16 de maio de 2018

ONDA DE SELVAJARIA EM ALCOCHETE


Quando eu era jovem, o Sporting gozava da fama de ser uma colectividade de elite; que -contrariamente ao Benfica, clube popular do qual eu já era adepto- reunia no seio da sua massa associativa a fina flor dos lisboetas. E a verdade é que a agremiação de Alvalade gozou, durante muito tempo, dessa desajustada imagem... Com os acontecimentos de ontem na Academia de Alcochete -por ventura os mais indecorosos e horríveis que alguma vez ensombraram o futebol nacional- essa tal imagem, esse verniz, desapareceu definitivamente. E o clube está à beira (se a decisão de quebra de contrato -por justa causa- dos seus mais valiosos jogadores for avante) de sofrer as consequências de um acto tresloucado do qual é considerado primeiro responsável, no dizer da imprensa de hoje, o seu inqualificável presidente. Que é julgado -até por muitos sportinguistas- o autor moral de um infame espancamento, alegadamente protagonizado por elementos radicalistas da Juve Leo. Tudo isto é triste e lesivo da imagem caseira e internacional de uma grande instituição, de uma grande agremiação desportiva portuguesa; que, nesse aspecto, tantas alegrias deu ao seus sócios e adeptos, mas não só. Penso que agora é tempo para resolver -com justiça e definitivamente- esta e outras maleitas que minam o futebol nacional e que desonram os clubes. Sobretudo os chamados grandes. Se eu mandasse nas instâncias governativas que controlam a actividade desportiva no nosso país não tinha dúvidas : interrompia, por um ano o campeonato da 1ª Liga. Para ponderar sobre o que por cá se passa e investigar 'a sério' sobre a maneira de relançar -com bases novas- o futebol português. Que, francamente, se tornou uma vergonha !

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