terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

ASSIM VAI O MUNDO...


Segundo a imprensa destes últimos dias, o Bloco de Esquerda e o P. S. querem tomar medidas rigorosas contra o enriquecimento ilícito e apreender o património dos políticos que, graças ao tráfico de influência e a outras 'habilidades', se tornaram milionários nos anos de exercício do poder. Força ! E não se esqueçam de ninguém ! Inclusivamente daqueles (governantes e autarcas) que, num passado mais ou menos longínquo, cometeram crimes dessa natureza, enchendo escandalosamente os bolsos com dinheiro sujo. A propósito, estou-me a lembrar do senhor presidente da Câmara Municipal de uma grande cidade do Norte (pertencente ao P. S.), que, depois dos seus mandatos cumpridos, arranjou um patrimoniozinho de milhões, nomeadamente (segundo os jornais do tempo), uma casa de valor equivalente ao de 300 anos de ordenado. Ou daquele outro autarca (por acaso também ele lá de cima, mas filiado num partido de direita) que, no dizer de um dos seus concorrentes políticos, «era um pelintra quando chegou à presidência de uma Câmara rica e que, quando largou o cargo,  passou ele a ser milionário, deixando o município em questão com uma dívida fenomenal». É, pois salutar e urgente remexer nessa porcaria toda e devolver o fruto de tais roubos ao Estado. Creio que, neste caso, não será o P.C.P. (que aliás tem o seu próprio programa de luta contra o flagelo do enriquecimento ilegal), nem a gente honesta e com vergonha dos outros partidos com assento parlamentar, que se irão opor a essas medidas higiénicas e ao castigo dos corruptos. E é claro que o  povo português -que é a principal vítima de todas essas roubalheiras- lhes ficaria muito agradecido.


Assisti anteontem, pela televisão, ao dérbi Sporting-Benfica, disputado em Alvalade. E o que vi não agradou minimamente ao adepto dos encarnados que eu sou. O Benfica foi uma equipa sem brilho, que se deixou dominar -ao longo de todo o desafio- por rivais que o pressionaram e lutaram para alcançar uma vitória que, francamente, mereciam. A atitude do Benfica, que pretendia sair do estádio do adversário com um empate, não foi digna de um clube que pretende renovar o título de campeão nacional de futebol. Sem querer ultrapassar a tal máxima que poderia dizer «prognósticos só fim do campeonato», confesso que não vaticino nada de bom para o emblema da minha simpatia. O resultado (do jogo) penalizou a equipa mais aguerrida (que obteve uma dezena de marcações de cantos a seu favor contra um único para o Benfica) e que melhor espectáculo proporcionou a quem esteve em Alvalade ou seguiu o 'match' pela TV. A começar a 2ª volta da prova desta catastrófica maneira (os encarnados já perderam 3 pontos no reinício do campeonato, tantos como os que desperdiçaram em toda a 1ª volta) nada de bom se pode esperar... Em relação àquilo que se passou após o jogo, só quero dizer que me dá vontade de rir o pedido do Sporting para que a claque do Benfica seja exemplarmente castigada; esquecendo os dirigentes desse clube os incidentes provocados pelos mais exaltados dos seus adeptos, que, num passado recente e por diversas ocasiões, se portaram como autênticos vândalos, incendiando e destruindo tudo à sua passagem. Na realidade, essas bestas quadradas das claques não têm (embora pareçam) cor clubística. E merecem, quando a polícia está para aí virada, porrada de criar bicho até se emendarem. Porque são uma chaga dos estádios de futebol e uma ofensa para quem gosta desse espectáculo desportivo. E tudo o resto são tretas...


O miserável conflito que se prolonga no leste europeu, na zona fronteiriça entre a Ucrânia e a Rússia, e que tantas vítimas civis inocentes já causou, é coisa que muito me preocupa. E que deveria, a meu ver, preocupar todos os povos, porque esta guerra pode servir de rastilho a um conflito maior que -na pior das hipóteses- pode abrasar o planeta. Quanto a mim, não há inocentes nesta história. Tão culpados são uns como outros. Sobretudo, por não serem capazes ou não quererem encontrar um terreno de entendimento e resolver o assunto pela via diplomática. Depois há a nefasta maneira da Europa comunitária e dos Estados Unidos virem deitar azeite sobre o fogo, numa atitude suicidária. Gostaria de saber, por um lado e no caso (possível) da escalada militar se agravar, o que ganhamos nós, europeus, com uma guerra contra a Rússia ? E os Estados Unidos, o que têm a ganhar, para além de apertar o cerco (que é a sua política desde 1945) a um país, que até já renunciou ao comunismo, o grande terror dos americanos ? O senhor Obama (que parece ter perdido a cabeça) anda a prometer o envio de 5 000 homens para a Ucrânia e a entrega de material militar sofisticado a esse país. Para quê ? Para que Putin responda com o envio de 50 000 militares para os confrontar e se dê início, assim, a uma guerra de proporções e com consequências imprevisíveis ? É que a Rússia (que não é o Iraque, nem a Síria) tem -no caso de conflito armado irreversível- meios militares capazes de derreter metade do mundo. Por favor meus senhores, não brinquem com a segurança dos povos ! Portem-se como homens responsáveis, sentando-se à volta de uma mesa para nos garantirem a paz ! Afinal foi também para isso que vos foi dado o poder de que dispõem.


Segundo os jornais de hoje, a nossa Segurança Social vai perder agora mais de 480 dos seus funcionários. O que agrava, fatalmente, a eficiência dos serviços a prestar aos seus milhões de utentes. Enquanto isto se passa, o (des)governo que ainda temos continua a aldrabar-nos com as histórias da carochinha (tão ao gosto do 1º ministro), referentes à baixa do desemprego (estará essa gente convencida de que os portugueses são todos ceguetas ?) e da melhoria da nossa economia. Continuem assim, de triunfo em triunfo até à derrocada final.

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