terça-feira, 13 de maio de 2014

ASSIM VAI O MUNDO...

Um estudo recente, cujos resultados são hoje noticiados pela imprensa diária, diz que os Portugueses são (a par dos Búlgaros) os europeus mais insatisfeitos com o presente e os mais descrentes quanto ao seu futuro. Enquanto isso, os partidos da coligação governamental -envolvidos da campanha eleitoral- não param o foguetório de gabarolices insanas e o arraial de promessas; que, está bem de ver, têm o mesmíssimo valor que aquelas que nos fizeram há 3 anos atrás... Dizem também os jornais de hoje, que o trabalho precário mais do que duplicou no espaço de 1 ano. E que o Estado é um dos principais responsáveis por essa situação, visto os seus serviços estarem a trocar funcionários (22 000 pessoas só em 2013) por tarefeiros... Informam, igualmente, os 'media' deste dia 13 de Maio, que 66 municípios portugueses estão a investir parte do seu orçamento social para manterem as cantinas escolares abertas em tempo de férias. E que ali mandam servir 30 000 refeições diárias a crianças, que têm, muitas delas, nesses almoços, a única refeição que tomam por dia. Se eu fosse minimamente responsável por esta situação (que é obra da política de coligação PSD/CDS), teria vergonha e pintava a minha cara de preto... E já agora, para acrescentarmos ao rol das nossas desgraças, ficámos agora a saber que Portugal se mantém firme no 'top 10' dos países que mais álcool consomem... O escrevinhador de serviço (que nem tem espírito de bota-abaixo) sabe bem que coisas positivas também vão acontecendo (e ainda bem) neste nosso amado país. Mas, também sabe que, regra geral, essas coisas boas nada têm a ver com a acção dos nossos (des)governantes. Infelizmente ! Um grupo de radicais islamistas raptou, há dias, centenas de alunas numa escolas do Nigéria e ameaça as autoridades do país e as famílias das meninas sequestradas de as vender como escravas a quem mais der. Isso, se não forem satisfeitas as suas reivindicações, clamadas, na TV, por um doido varrido brandindo ameaçadoramente uma 'kalashnikov'. Penso que esta infâme atitude nada tem de político, nem de religioso. É banditismo puro e em grande escala, ao qual é urgente dar uma resposta firme e imediata. Tendo, naturalmente, em conta que a segurança das crianças raptadas é primordial. A África, que tem grandes problemas (muitos deles criados por governantes corruptos e pela passividade dos seus protectores neo-colonialistas) está cada vez mais distante daqueles padrões que nós, no dealbar das independências, quisemos para o continente negro. E isso é lamentável. Tanto mais que se trata de uma terra razoavelmente rica, que, se fosse bem gerida, podia garantir, a todos, o seu quinhão de relativa felicidade. O mal dos africanos é, em maior escala talvez, o problema de todos os povos da Terra, onde as riquezas são muito mal distribuídas; onde alguns figurões acumulam riquezas espantosas, enquanto outros (a maioria) morrem de fome ou procuram nos caminhos ínvios da emigração, prespectivas de vida melhor. O que é cada vez mais utópico. Entretanto, no caos gerado pela extrema injustiça, vão-se multiplicando, por todo esse martirizado continente, os grupelhos pseudo-revolucionários, que, à miséria reinante, juntam a confusão, o desespero, a morte. É minha opinião que, após tantos séculos de sofrimento, os nossos irmãos de África já mereciam melhor sorte e o direito de viverem dignamente na sua própria terra. ////// A, apenas, um mês de ser dado o pontapé de saída do Campeonato do Mundo de Futebol organizado pela FIFA no Brasil, há estádios e infraestruturas que ainda não estão acabados. E a contestação nas ruas, contra a Copa, pouco tem abrandado. No que às obras diz respeito, quero acreditar que os brasileiros têm capacidade para as terminar nos prazos estabelecidos, antes que as selecções convidadas desembarquem no país de Pelé e de Mané Garrincha. Já quanto ao resto, estou apreensivo pela intransigência de alguns (muitos) brasileiros que se encarniçam contra a organização do campeonato, mas, também e sobretudo, contra um governo acusado de despesismos fúteis, quando parte da população das grandes cidades vive no desconforto das favelas ou, simplesmente, não tem tecto. O governo diz que os manifestantes estão a ser manipulados pela oposição e que o dinheiro gasto na realização dos estádios é um investimento, que terá retorno. E mais afirma, em relação aos contestatários, que é estranho que essa gente se manifeste no momento em que o Brasil já é a sétima economia do mundo e num tempo em que os governos de Lula e Dilma extrairam (em 10 anos) 36 milhões de pessoas da miséria e levaram 42 milhões de outros brasileiros a integrar a classe média. Não sei. Desconheço a realidade do país irmão e, num conflito que não me diz respeito (mas que me interessa) não me meto. Acho é que, depois das despesas feitas, já não é tempo de retroceder. Adeptos vindos de 200 países encomendaram (ou já compraram) bilhetes para o mundial. O mais sensato, agora e quanto a mim, é recebê-los calorosamente, mostrar-lhes o que de bom tem o Brasil e esperar que todos esses estrangeiros gostem e voltem. É também assim que se promove a imagem de um país e que se desenvolve a sua indústria turística. Que dá dinheiro e prestígio internacional.

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