Este mapa político da Hispânia do século XII, mostra que o território do reino de Portugal já se estendia até Lisboa (conquistada por D. Afonso Henriques a 21 de Outubro de 1147) e à península de Setúbal. Nele também se pode observar que parte da Beira Baixa e todo o Alentejo e Algarve permaneciam na posse dos muçulmanos e faziam parte do império Almóada; que rivalizava em extensão e poder com Leão e Castela. Do território peninsular e ilhas próximas, no Mediterrâneo, ainda faziam parte três outras entidades políticas : os reinos de Navarra e de Aragão e o arquipélago Balear, este ainda sob autoridade dos Almorávidas. Portugal só ganharia os seus contornos definitivos em 1249, no reinado de D. Afonso III, com a conquista do Algarve, levada a cabo por D. Paio Peres Correia e os cavaleiros da ordem de Santiago da Espada. Vários e pouco significativos ajustes de fronteiras foram feitos mais tarde, sobretudo no reinado de D. Dinis, que resolveu, de vez, o assunto com Leão e Castela, aquando do tratado de Alcanizes, firmado em 1297. Já em 1801, aquando da chamada Guerra das Laranjas(*), a cidade e o concelho de Olivença passaram para mãos espanholas. Um tratado posterior devolveu-os a Portugal. Mas a sua letra nunca foi respeitada pelos nossos vizinhos, que continuam a administrar -à revelia das leis internacionais- essa parcela de território nacional. Sem estados de alma. Que eles reservam, exclusivamente, para o 'espinhoso problema' de Gibraltar...
(*) Finalmente, quem ganhou com a Guerra das Laranjas, que se estendeu à América do Sul, onde é chamada Guerra de 1801, foi o Brasil. É que, se Portugal perdeu esse conflito na Europa, venceu-o do outro lado do Atlântico, aproveitando para alargar substancialmente o território do actual estado do Rio Grande do Sul. Com prejuízo evidente para os espanhóis e para a futura República do Uruguai.
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