quarta-feira, 5 de agosto de 2015

INFORTUNADO REI D. MANUEL II

Este senhor de postura digna e olhar triste é D. Manuel II, trigésimo quarto e derradeiro rei de Portugal. Foi uma pessoa perseguida pela má sorte, já que viu matar o pai, D. Carlos I, e o irmão, Luís Filipe, no dia fatal do Regicídio. O infortunado D. Manuel II reinou de 1908 até 1910, ano em que foi deposto pela Revolução de 5 de Outubro. Exilado para o Reino Unido, D. Manuel por lá morreu -sem descendência- no dia a 2 de Julho de 1932. Os seus restos mortais foram trasladados, ainda nesse ano, para Portugal -por deferência do ditador Salazar- e sepultados, com honras de Estado, no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no mosteiro lisboeta de S. Vicente de Fora. Republicano confesso e convencido, eu nutro, no entanto, uma especial simpatia e compaixão por esta figura atormentada da História de Portugal do século XX. Porque, apesar da sua destituição e da sua expulsão do país, o derradeiro dos Braganças sempre honrou, lá fora, o nome da pátria que ele tanto amou.

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