As minhas férias anuais resumiram-se, em 2015, a dois dias. Que passei esta semana no Porto e em Aveiro. Cidades do norte de Portugal, que eu já não visitava há quase 40 anos, no que respeita a Invicta, e há mais de 20, no que concerne a rainha da ria. Graças a um primo que vive na também chamada Capital do Norte e que a conhece muitíssimo bem (quase palmo a palmo), pude aceder aos lugares mais emblemáticos do Porto e constatar -com alguma surpresa- o dinamismo que a habita e que ali chama nuvens de turistas (pelo menos nesta época do ano) originários de toda a Europa, mas não só. A Ribeira, por exemplo, é um lugar de sucesso impressionante e inesperado. Com os seus bares, os seus restaurantes, com o movimento contínuo dos antigos rabelos, agora transformados em transportes turísticos, com as multidões que se exprimem nos mais variados linguajares da Terra, deixou-me literalmente banzado. A mim, que passei 15 anos em Paris, cidade que recebe mais de 1 milhão de visitantes por dia... Enfim gostei da cidade e não me arrependo (apesar das dores de pés causadas pela aventura de subir e descer ruas e ruelas íngremes) de ter voltado a ver uma cidade muito melhor, muito mais viva do que ela era à quatro décadas atrás. Quanto a Aveiro, quero dizer que também ela está mais linda, mais moderna (sobretudo no centro, junto ao embarcadouro dos barcos moliceiros, também eles adaptados para procurar prazer aos visitantes), mais alegre. Tinha lá ido, como já referi, há 20 anos, atraído pelo convento de Jesus (hoje Museu Municipal) e, sobretudo, pela arca tumular de Santa Joana Princesa, uma filha de D. Afonso V e irmã d'el-rei D. João II, que rejeitou matrimónios reais, para responder ao apelo da vida monástica. Foi por essa personagem fascinante e pouco conhecida dos Portugueses (que, infelizmente, desprezam a sua própria História) que eu fui a Aveiro pela primeira vez, há duas décadas; e será também um pouco por ela que espero lá voltar futuramente, porque desta vez não houve tempo para visitas ao passado...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário