quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

VIVA O 1º DE DEZEMBRO !

A data de restauração da nossa independência -em 1640- não tinha qualquer valor simbólico (ou outro) para os despeitados figurões do anterior governo. Que, não sei se repararam, continuam a gesticular e a 'mandar bocas', como se ainda tivessem (coitados !) alguma importância nesta terra e para este povo; que eles humilharam e massacraram com cortes (cegos e estúpidos) nos salários e nas pensões, para além de terem procedido ao apagão dos feriados. Eu acho que a reposição de tudo isso foi positivo. Nomeadamente a deste feriado, que nos faz entranhar uma realidade tão simples quanto esta : somos um povo único; que não rejeita alianças, nem compromissos com as outras nações do planeta, mas que, ainda assim, deseja e quer marcar a sua diferença, a sua singularidade, na Europa e no mundo. Porque, se assim não fosse, já teríamos entregado a bandeira, o hino, o território e tudo aquilo que ainda nos distingue como pátria. Isto dito, quero repetir o grito que acima soltei : Viva o 1º de Dezembro de 1640, símbolo da independência reencontrada ! Foi há 376 anos, mas continua a ser importante para a maioria dos Portugueses.


Acima se reproduz a capa da revista de banda desenhada «O Diabrete», datada do 1º de Dezembro de 1948. Estava-se, então, em pleno regime ditatorial e o dia da Restauração era, nesse tempo, comemorado com os inflamados discursos dos salazaristas, com missas solenes e com desfiles da Mocidade Portuguesa. Tentativa oportunista de António de Oliveira Salazar, para identificar o Estado Novo com os valores da Pátria. O problema é que (enquanto exaltava o dia da Restauração) o regime mantinha o povo na miséria, privava-o de escola e mandava prender (pela sua tenebrosa polícia política) quem se opusesse às directivas do caudilho de Santa Comba. Nada, pois, a ver com com patriotismo, tal como o entendemos.

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