sábado, 24 de dezembro de 2016

A CRISE NO SPORTING

O desbocado J. J., treinador do clube que, anteontem, venceu (graças a um 'milagre' de ultíssimo minuto) o Belenenses, já andava de orelhas murchas por causa dos lenços brancos e de outras manifestações mal-humoradas dos adeptos sportinguistas; que começam a perceber que ele é um logro e o querem ver pelas costas. A última desculpa do referido e provocador técnico é a seguinte : «a crise do Sporting chama-se Jorge Sousa». Isto, numa tentativa desesperada de transferir para o árbitro do penúltimo 'derby' lisboeta as culpas do seu mau trabalho, das suas más escolhas. O Benfica está actualmente no topo da classificação da 1ª Liga por mérito dos seus jogadores (que trabalham num clima de serenidade que não existe em Alvalade) e do seu técnico, que está farto de provar que é muito mais competente e muito mais esperto que o tal Jesus. E que é (o Rui Vitória), sobretudo, um homem mais razoável e discreto do que o seu rival. Se o segundo 'salvador' da nação sportinguista (o primeiro é, obviamente o excitadinho do cigarro electrónico) não perceber isto, então é porque as ameaças que, a médio termo, pairam sobre a sua pobre cabeça lhe andam a toldar o juízo. Há efectivamente crise no Sporting, mas foi engendrada por um ser bicéfalo (mas, ainda assim, sem miolos) que se chama Bruno Jorge de Carvalho Jesus. Disso não tenho eu dúvidas.


Agremiação secular e com indesmentíveis pergaminhos no desporto nacional (no seu todo), o Sporting Clube de Portugal é, também, uma das potências do futebol europeu. Não me lembro de ter visto jogar a famosa formação dos 'Cinco Violinos', mas ainda me recordo de ter visto evoluir -nos campos do Barreiro- o Vasques, o Travassos e o Albano (e outras vedetas do Sporting desse tempo), já depois de extinta aquela que foi uma das mais temíveis e eficientes linhas avançadas do futebol português e mundial; que eu continuo a admirar. Por essa e por outras razões, sempre senti muito respeito pelo grande S. C. P.. E enquanto adepto de um clube rival, sempre recusei alinhar na 'guerra suja' que os divide e que muito contribuiu para contaminar o futebol luso. Muito especialmente com ditos e mexericos, que me agoniam. Mas o que aqui acima escrevi é sincero. Estou convencido que os visados são, ambos, responsáveis pelo clima detestável que envenena o nosso futebol e pelo declínio desportivo dos leoninos.

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