Segundo dados recentemente publicados (e largamente comentados na TV e nos outros órgãos de informação), a taxa de pobreza em Portugal persiste em manter-se à volta dos 19 % da população. E os pobres já não são só aqueles que não têm meios de ganhar o seu sustento por falta de emprego. No dizer de Carlos Farinha Rodrigues, professor do ISEG, «11 % dos portugueses que trabalham são pobres. E isso só pode ser explicado pelos baixos níveis salariais e pela situação de precariedade dos empregos». Quando ainda se discute por aí, para saber se o salário mínimo deve ou não fixar-se nos 600 euros mensais, eu só faço um juízo : ainda assim, mesmo a esse nível, continua a ser um escândalo, continua a uma injustiça, continua a ser um roubo ! -Há patrões que não conseguem pagar essa esmola ? Então, que parem a sua actividade presente e que vão trabalhar por contra de outrem, porque não reúnem condições para lidar com gente que labora e produz riqueza.
E, perante esta desgraça, que faz a maioria dos nossos políticos, esses campeões da democracia boqueira ?
A pergunta fica no ar...
Muitas famílias de trabalhadores portuguesas continuam -para poderem sobreviver com alguma dignidade- a recorrer ao auxílio prestado pelo Banco Alimentar, pela Cáritas e por organizações similares. Será isso aceitável, será isso justo ?
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