Faleceu ontem -segunda-feira, 3 de Outubro de 2016- Mário Wilson, glória do futebol português. Que completaria , no dia 17 do mês em curso, 87 anos de idade. Era natural de Lourenço Marques (a actual cidade de Maputo), onde se iniciou na prática desportiva e de onde se transferiu para Lisboa, para o Sporting (que serviu durante duas épocas), para substituir o fenomenal Peyroteo. Depois passou pela Académica (onde foi jogador e treinador) e mais tarde para o Benfica. Ganhou vários troféus de importância nacional e foi um apreciado técnico da selecção das quinas e de vários clubes. Para além de ser uma grande figura desportiva, era, igualmente, um cidadão exemplar e, ao que se sabe, um homem de excelente convivência. Vi-o jogar várias vezes, quando ele esteve na Académica de Coimbra, cada vez que o prestigioso clube estudantil se deslocava ao Barreiro, para afrontar as formações locais do F.C. Barreirence e do G.D. da CUF; e Wilson surpreendeu-me sempre pela sua postura de jogador exemplar e pelo seu civismo. Na verdade, nunca vi um desportista que acatasse tão respeitosamente as decisões arbitrais como ele. Colocando-se diante do juiz em rigorosa posição de sentido e ouvindo-o de cabeça baixa. Ainda agora partiu e já tenho saudades de si, senhor Mário Wilson.
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