Josef Goebbels, ministro da propaganda de Hitler e que com ele se suicidou, no seu 'bunker' (em Maio de 1945), após a entrada em Berlim dos primeiros elementos do Exército Vermelho, anotou estas linhas no seu diário : «Recebi um relatório pormenorizado da situação em Portugal. Daí podemos concluir o seguinte. Salazar é, indubitavelmente, o senhor de Portugal, mas confia nas forças armadas. Infelizmente ele perdeu a fé em nós até certo ponto e, assim, oscila de um lado para o outro, entre os extremos do pêndulo. O mesmo se aplica em relação a Franco. Os ditadores fariam muito melhor se, abertamente, se aliassem connosco, porque se o nosso lado não ganhar, eles estão perdidos de qualquer modo».
Estas palavras daquele que foi alcunhado pelos Aliados o 'papagaio do 3º Reich', foram transcritas por António Figueiredo no seu livro «Portugal Cinquenta Anos de Ditadura»; que a editora D. Quixote publicou em Lisboa, no ano de 1976.
Em relação às palavras de Goebbels -um dos delfins do abominável criador do nazismo- refira-se que a História se encarregou de desmenti-las. Como se sabe, no fim da Segunda Guerra Mundial, as potências aliadas vitoriosas acomodaram-se muito bem com os últimos regimes fascistas da Europa e, com essa sua atitude, prolongaram -por mais três décadas- a sede de liberdade, a fome de democracia dos dois povos ibéricos. Obviamente, e por isso, não lhes diremos obrigado.
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