Em inícios do século XVI, o rei de Portugal (D. Manuel I) ordenou a Pêro de Anaia, um dos seus capitães, que construísse -na África oriental- a fortaleza de Sofala. Com o principal propósito de defender uma feitoria, por onde transitava o ouro em proveniência do reino de Monomotapa. As obras de uma defesa provisória (uma construção em madeira) iniciaram-se em 1505, sendo essa fortaleza primitiva substituída, dois anos mais tarde, por uma construção acastelada, em pedra e cal; cuja realização foi confiada a Nuno Vaz Pereira depois da morte de Anaia, ocorrida entrementes. Essa fortaleza era de planta quadrangular, com torre de menagem (à moda dos antigos castelos medievais) e dotada com baluartes a cada canto da sua cerca amuralhada. Quando foi realizada, a fortaleza de Sofala era a mais meridional de todas as edificações do seu tipo construídas pelos europeus naquela região do mundo. Mas começou a perder importância a partir do século XVIII, facto que motivou o seu abandono. Desocupada a fortaleza (que recebera a patronagem de São Caetano), o tempo e os pilhantes começaram a sua obra devastadora. Do edifício foram, aos poucos, desaparecendo pedras de alvenaria, equipamentos e até a imagem do santo protector, que foi parar a parte incerta. Sabe-se que 2 dos seus canhões foram oferecidos em 1966, pelas autoridades coloniais, ao Museu Municipal da cidade da Beira e puderam, assim, escapar à acção dos saqueadores. Hoje, o que resta da fortaleza de Sofala são, apenas, ruínas... E a memória de por ali terem passado grandes vultos da História de Portugal, tais como Vasco da Gama e, entre outros mais, D. Francisco de Almeida.
A fortaleza de Sofala apresentava este lamentável aspecto em inícios do século XX (por volta de 1903). E o estado desta histórica construção militar foi-se degradando até aos dias de hoje...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário