Tive a oportunidade de ver hoje na TV -num dos canais do cabo- um filme excelente de Werner Herzog : «RAINHA DO DESERTO» («Queen of the Desert»), que estreou, nas salas, em 2015. A dita película relata episódios da extraordinária vida de Gertrude Bell, uma cidadã inglesa, formada em História pela universidade de Oxford e que fez carreira no Próximo-Oriente como escritora, arqueóloga, etnóloga, exploradora, cartógrafa e política. Uma mulher de grande qualidade intelectual e humana, que se apaixonou pelas culturas iraniana e árabe e que, nas primeiras décadas do século XX, representou um papel importante na criação das monarquias saudita e jordana. Curiosamente, uma das personagens evocadas neste muito bom trabalho de Herzog é a do famoso T. E. Lawrence (Lawrence da Arábia), que, penso eu, inspirou, em certa medida, a fita em apreço. Que é, todavia, menos espectacular que o filme dirigido por David Lean em 1962. Para além da história contada, também gostei muito das interpretações de Nicole Kidman e colegas de elenco, que eu achei convincente. Embora a crítica tenha, na sua quase generalidade, emitido opiniões pouco favoráveis sobre o filme. O que eu, francamente, acho injusto.
Sem comentários:
Enviar um comentário