A ilha Gough -que faz parte do arquipélago de Tristão da Cunha e que é, por consequência, território ultramarino do Reino Unido- recebeu esse seu nome de um capitão homónimo da marinha real britânica, que ali aportou no ano de 1732. Mas antes disso, era mencionada nos mapas com a designação de ilha de Gonçalo Álvares, que foi o primeiro navegador que a avistou, no ano de 1505. Álvares era um experimentado marinheiro (piloto ou capitão) de D. Manuel I, que, aquando do achamento daquela terra (situada nos confins do Atlântico sul, entre a África austral e as costas da América meridional), seguia para o Oriente, integrado na esquadra que levava para a Índia o seu primeiro vice-rei : D. Francisco de Almeida. Voluntariamente, ou por se ter desgarrado do resto da frota, Gonçalo Álvares rumou ao sul, até àquele desolado lugar «onde a água e até o vinho gelavam», como relatou. Para além deste episódio da sua carreira de marinheiro, pouco se conhece da sua vida, inclusivamente a sua data de nascimento e o nome da sua terra natal. Sabe-se, no entanto, que já estivera na grande aventuras das Descobertas, pois acompanhara Diogo Cão na sua segunda viagem às costas de África e que seguira Vasco da Gama até à Índia (na nau «São Gabriel»), na famosa viagem de 1498. Também não se ignora, que foi nomeado por el-rei, Piloto e Patrão-Mor da Índia, alto cargo administrativo, que lhe conferia a responsabilidade de coordenar todas as viagens com destino ao Oriente. Gonçalo Álvares terá falecido em 1521, tendo o seu cargo sido preenchido por outro notável navegador do tempo : João de Lisboa.
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