Anda a vangloriar-se o (des)governo que temos de uma 'saída limpa' de Portugal para os mercados financeiros. Eu nem sequer quero demorar-me sobre os termos utilizados por tais figurões para se autopromoverem e gabar os 'benefícios' da sua política. O que me interessa reter é que, passados 3 anos de poder, essa gente pôs o país de pernas para o ar, agravando a situação -já de si precária- de milhões de portugueses. Vejamos o que mudou, realmente, nesse período de tempo : a dívida pública subiu de mais de 50 000 milhões de euros; 1/5 do nosso povo vive na indigência total ou próxima disso; aos desempregados de 2011, este governo acrescentou (só) mais uns 300 000; a nossa carga fiscal foi agravada de tal modo, que é, agora, a terceira que mais sobe na Europa comunitária, sendo necessário aos nossos compatriotas trabalharem cerca de 6 meses para pagar os impostos; a emigração disparou para níveis parecidos com o dos anos 60 do passado século; a saúde, a educação, a cultura, a segurança pública agravaram-se a olhos vistos; cortou-se a torto e a direito nos abonos de família e no apoio social aos mais debilitados; aumentou o horário de trabalho e facilitaram-se os despedimentos. Só um cego é que não vê isto, que contribuíu para escavar o fosso entre ricos e pobres e para fazer de Portugal um dos países mais desiguais do mundo civilizado . Não vale, pois, a pena os senhores do (des)governo virem com discursos triunfais (os da 'saída limpa' e quejandos) para tentar enganar o pagode e camuflar os factos. Mas as dificuldades dos portugueses não terminaram, visto já estarem anunciados novos cortes nos salários da Função Pública, que, em 2015, irão afectar 140 000 trabalhadores com remunerações abaixo dos 675 euros mensais. Isto, por via da subida das contribuições para a C.G.A.. 'Saída limpa' ? -Com esta política antipopular, o que fica cada vez mais limpo são as nossas pobres carteiras. E o resto é conversa fiada e propaganda eleitoralista. Nada mais !
Sem comentários:
Enviar um comentário