domingo, 24 de setembro de 2017

DESTAS FAVAS SIM !

Pode ser impressão minha, mas parece-me que as favas -as deliciosas e nutritivas favas- têm, afinal, poucos amadores (no sentido lato do termo) em Portugal. E, apresento como (quase) prova dessa minha ideia, o facto da dita leguminosa ocupar pouco espaço nos livros de culinária; que, no melhor dos casos, fazem referência a 3 ou 4 receitas confeccionadas com as ditas. Até no famoso «Livro de Pantagruel» (na edição que eu possuo) não se citam mais do que meia dúzia de maneiras de as confeccionar. Aqui na minha terra (e penso que noutras zonas do nosso país), as favas que tradicionalmente se comem são as costumeiras Favas Cozidas ou Guisadas com Enchidos e Toucinho Frito; que, sendo muito saborosas, constituem, todavia, um prato um tanto ou quanto indigesto e de consumo frequente pouco recomendável. E o problema, naturalmente, não vem das favas, mas das 'más companhias'. Das más companhias do chouriço, da morcela, do toucinho, etc., dos quais devia ser proibido abusar. Vem todo este palavreado a propósito de uma receita (que penso eu ser francesa) à qual vamos chamar Favinhas com Alho e Cominhos. Um prato do receituário vegetariano, mas que pode ser usado como acompanhamento de carne. Ora aqui vai a receita :

Ingredientes
300 gramas de favas frescas ou congeladas
3 dentes de alho esmagados
1 colher de sopa de colorau doce (paprika)
1 colher de chá de cominhos em pó
4 colheres de sopa de azeite.

Preparação
Colocar as favas num recipiente apropriado (com água e sal) e deixar ferver;
Deixar cozer 15 minutos (em lume brando) após ebulição;
Enxugar e descascar (facultativo) as favas. Reservar;
Aquecer (em lume médio) o azeite numa frigideira alta (ou num wok) e juntar-lhe o alho esmagado. Mexer bem sem deixar aloirar;
Misturar o colorau, os cominhos e as favas. Tornar a mexer (cuidadosamente para não transformar as favas em puré) e deixar ao lume mais alguns instantes, para que as favas se impregnem da substância e do perfume das especiarias;
Servir segundo a sua preferência, porque este prato pode degustar-se quente, morno ou frio.

Bom apetite !

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