Tinha eu 14 anos de idade quando, em 1960, estreou nas nossas salas de cinema a fita espanhola «UM RAIO DE LUZ» (Un Rayo de Luz»). Cuja estrela foi a menina prodígio Marisol. Que, no mundo inteiro, inclusivamente por cá, obteve um sucesso de arrasar. Sobretudo entre os adolescentes do sexo oposto; que, todos eles (inclusivamente este vosso criado) se apaixonaram pela juvenil 'cantante' e actriz malaguenha. Embora este seu filme de estreia -realizado por Luis Lucia Mingarro seja uma tragicomédia choradinha, a verdade é que é, ainda hoje, uma fita de agradável visionamento, mercê da graça que Marisol (aliás Josefa Flores González, aliás Pepa Flores) irradiava e às inúmeras e bonitas canções que ela trouxe (neste caso) ao público português. Tais como «Adiós al Colegio», «Llorando y Mirando al Cielo», «Verdiales», «Corre, Corre Caballito», entre meia dúzia mais. A verdade é que a fita agradou bastante e nem só às plateias, já que tanto a dita como a sua principal protagonista chegaram a receber prémios nacionais e internacionais. Nomeadamente em Veneza, onde foi galardoada com o Prémio Inter do respectivo Festival. E a verdade é que «UM RAIO DE LUZ» tornou-se desde essa época (anos 60) uma referência do cinema popular espanhol. Este filme é colorido e tem 110 minutos de duração. Entre os seus principais intérpretes, contam-se Marisol (obviamente), María Mahor, Joaquín Roa, María Isbert, María José Goyanes e o actor brasileiro Anselmo Duarte. Sinopse : Elena, uma modesta cançonetista espanhola, matrimonia-se com um rico e brasonado jovem italiano, à revelia da família deste. Os recém-casados fazem planos para o futuro, que nunca serão concretizados, pois o esposo, que é o primogénito do conde d'Angelo, morre poucos dias depois num desastre aéreo. A esposa fica grávida e dá à luz uma menina. Que o nobre transalpino -que tivera conhecimento do caso por terceiros- pede para conhecer, anos mais tarde... E, no primeiro contacto com a neta (a quem ele aceitara pagar os estudos numa escola para gente rica), fica maravilhado com a menina, que é viva, inteligente, dotada com uma voz de ouro e com excepcionais aptitudes para a dança. O fim da história adivinha-se : a família desavinda reconcilia-se e é feliz «para sempre».
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