terça-feira, 15 de setembro de 2015
O BICUDO PROBLEMA DOS REFUGIADOS
Parece que bastou uma ou duas semanas à Alemanha da senhora Merkel para se cansar de se solidarizar com os refugiados (maioritariamente sírios), que escolheram a Europa para fugir à guerra e à subsequente miséria que a dita engendra. Para já, a mandona da Europa comunitária está descontente com certas nações, como a Hungria, a Eslováquia e a Polónia, que não aceitam que sejam os tudescos (e porque serão ?) a decidir das quotas de emigrantes que cada um dos países deverá receber. E, então, a senhora Merkel decidiu fingir que o espaço Schengen não existe e fechou -num abril e fechar de olhos- as fronteiras do seu país. Eu estou para ver (e, sinceramente, bastante preocupado com isso) qual será a sorte das milhares de famílias e de crianças sozinhas (mais de 10 000, ao que parece) que deambulam pelos caminhos do Velho Mundo. Isto, numa altura em que o Inverno se aproxima a largos passos... O que, afinal, se pode constatar, é que foi fácil desencadear a chacina na Síria. E as nações ocidentais têm culpas no cartório no desencadeamento desse conflito desnecessário. O que vai ser muito difícil de resolver são os problemas espinhosos que se apresentam... Disse-se, ontem, na TV, que para o distrito de Portalegre virão 150 sírios; e que, fala-se por cá, virão para a minha terra -uma aldeola com menos de 700 habitantes- 5 pessoas (ou 5 famílias ?). A solidariedade funcionará aqui, estou certo disso. O problema é que esta região do país é dominada, há muitos anos, pelo desemprego, e eu imagino que essa pobre gente aspira -para além da paz a que tem direito- encontrar trabalho, para ganhar dignamente a sua vida. Face a essa realidade, que fazer ? -Será desta vez, e graças aos refugiados sírios, que o Estado vai olhar para o interior do país e arranjar meios para o seu desenvolvimento ? -Se assim for, que venha mais gente, porque isso não nos assusta !
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