Na minha ronda quotidiana pelas capas de jornais (feita na Internet), fiquei deveras surpreendido com duas notícias. A primeira delas (vista no jornal «i») dava conta de uma declaração de Arnaldo Matos, o líder desse resquício de partido esquerdelho que se chama M.R.P.P., que terá afirmado o seguinte : «o atentado de Nice foi um acto legítimo de guerra». Vindo de quem vem, do 'Grande Educador do Povo', esta bestialidade até me parece natural... Em contrapartida, o que já não se me afigura normal, é quando um energúmeno deste quilate não é incomodado pelas autoridades competentes por incentivo público à prática de actos terroristas, por encorajamento de actos imundos e de uma crueldade sem nome contra a vida humana. -Ou as autoridades em questão são, hoje, mais selectivas na sua acção, não atribuindo a mínima importância aos ditos de um tipo que passou toda a sua vida de parasita a bolsar asneiras ?A outra notícia, repertoriada nas capas do «Jornal de Notícias» e do «Destak», tem a ver com 'febre do Pokémon' (um jogo para telemóveis), que já terá 'conquistado Portugal' e colocado os nossos compatriotas (a exemplo do que já vinha a acontecer no estrangeiro) de olhos fixados num desses apêndices tecnológicos da sua mão. Quanto a mim, o jogo do pokémon é mais uma dessas invenções que, de maneira sub-reptícia, está a contribuir para estupidificar o mundo. Ao mesmo tempo que vai colocando milhões nos bolsos dos vendedores de ilusões. Desculpem-me se sou 'bota de elástico', se sou um sujeito deslocado nestes tempos de altas tecnologias; mas persisto em acreditar que num país onde decrescem os níveis de leitura, onde já não se vai ao cinema ou ao teatro, os pokémons estejam aí para afundar culturalmente -ainda mais- a população deste espantoso país que é o nosso. Que tão facilmente adere às modas (mesmo as mais tontas) que nos vão chegando da estranja.
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