domingo, 10 de julho de 2016

ALENTEJO ATÉ À ETERNIDADE

Alentejo ! Gloriosa pátria de todos os matizes. Os teus filhos sempre te quiseram, mesmo em hora de forçado abandono, e sempre exaltaram os teus dotes, a tua beleza. Beleza natural, sem batons e sem outros artifícios... Permanece assim, terra minha, airosa como a urze e o rosmaninho dos teus campos, agreste, mas solidária como as mulheres e os homens que te preenchem, reconfortante e bom como o teu pão, como as migas e as açordas de ervas aromáticas que ofereces a quem tem fome de ti, da tua essência. Alentejo, não percas a tua alma, o teu espírito !... Para que -dentro de 1 000 anos- ainda correspondas à imagem que, de ti, queremos legar aos nossos netos e aos netos dos seus netos. Ditoso Alentejo, vive e resplandece ! Nos teus frondosos sobreiros, nas tuas verdes azinheiras, no ouro das tuas giestas e na alvura das tuas estevas em flor, na terra avermelhada do teu chão, no borbulhar das tuas fontes, no azul dos teus rios e do teu mar, na brancura das tuas singelas casinhas, na rudeza das tuas antas e dos teus menires, enfim, em tudo o que te habita e que de ti faz uma terra singular, uma terra por todos desejada. Alentejo, berço meu, vive e resplandece !

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