sexta-feira, 23 de setembro de 2016

EVOCAR O NOME E A FIGURA DE VICTOR JARA, PARA QUE O MUNDO NÃO ESQUEÇA

Mural pintado na cidade de Santiago ou algures... Representa (à direita) um militante incontornável da luta pela democracia no Chile e uma figura nuclear do movimento denominado, no seu país, 'Nueva Canción'. Para além de músico (tocava piano e guitarra), Victor Jara -pois é dele que se trata- foi também professor, homem de teatro e poeta. Filho de camponeses humildes (era um mestiço, com raízes mapuches), Jara foi cobardemente assassinado pelos esbirros do general Pinochet, 5 dias depois do assalto ao Palácio de La Moneda e da execução de Salvador Allende (1908-1973), presidente democraticamente eleito. Mas não antes de ter sido preso e torturado. O cadáver de Victor Jara foi abandonado pelos seus torcionários junto de um bairro de lata de Santiago do Chile. Depois do seu corpo exumado, os peritos em medicina legal puderam constatar que lhe haviam esmagado as mãos. Para além disso, o corpo de Jara apresentava múltiplas outras fracturas e 44 impactos de bala ! O seu corpo repousa, agora, numa sepultura decente, no Cemitério Geral de Santiago. Foi dado o seu nome ao estádio da capital chilena, onde -sob o regime fascista de Pinochet- tantas centenas de democratas estiveram detidos e foram torturados e fuzilados. Quando morreu às mãos da vil camarilha do general-ditador, Victor Jara contava 40 anos de idade.

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