sexta-feira, 2 de setembro de 2016
ASSIM VAI O MUNDO...
Tal como era previsível, consumou-se, ontem, no Brasil, o golpe de estado que afastou Dilma Roussef da presidência da República. Eleita por mais de 54 milhões de cidadãos, a primeira mulher da História brasileira a conquistar o mais alto cargo político na grande nação sul-americana, foi abusivamente afastada por um conluio de 60 aventureiros e usurpadores -muitos deles corruptos e com processos judiciais às costas- que não perdoou o facto de ela ser mulher, de, na sua juventude, ter enfrentado corajosamente a ditadura militar (que a prendeu e torturou) e de ser assumidamente de esquerda e querer resolver os prementes problemas que afligem os seus compatriotas mais desfavorecidos. Depois desta vergonha, o Brasil já não pode incluir-se na lista dos países democráticos; mas estou certo que a camarilha que votou o 'empeachment' da presidente já se condenou a si própria (perante o mundo) e terá, num futuro próximo, o destino que merece. Que é o de ser marcada -no Brasil e fora dele- pelo estigma da traição e da infâmia. Viva o Brasil que resiste !
Nos últimos dias (mercê do fecho do mercado de transferências de futebolistas) assistiu-se -em Portugal e na Europa- a uma autêntica valsa de milhões, orquestrada pelos 'senhoritos da bola'. Um verdadeiro escândalo, em tempos que deveriam ser de contenção e de respeito por aqueles que trabalham e não ganham para comer e para tratar da saúde. E que são milhões só no nosso país. Acho que as criaturas que inflacionaram o negócio dos 'ídolos dos estádios' deveriam, um dia, responder pelo esbanjamento, pela dilapidação de tais fortunas. Que poderiam reverter (em grande parte) para construir o bem comum das nações. É por essa e por outras razões, que eu sou pelo aumento significativo dos impostos sobre essas negociatas. E também sobre o património dos clubes; que tal, com a igreja, dispõem de capitais suficientes para saldar imi's e outros impostos que o cidadão comum paga e não bufa.
Donald Trump -o tristemente célebre parlapatão, que também é candidato à presidência dos Estados Unidos- tem lembranças, que nem ao mais pintado... Sabe-se que, há muito tempo já, ele proclama o desejo de construir um 'muro da vergonha' (mais um !) ao longo da fronteira com o México. Mas o curioso é que, agora, deu-lhe para afirmar que, uma vez a dita barreira terminada, enviará (se chegar a ocupar a Casa Branca, obviamente) a factura ao presidente do México ! Para que sejam os vizinhos do Sul a arcar com todas as despesas da sua construção. Onde pode chegar o descaro desta criatura, mas também onde pode chegar a ingenuidade dos norte-americanos que aplaudem os seus inflamados e irrealistas discursos... Espero é que o governo mexicano, perante esta ridícula ameaça, também já esteja a preparar o rol dos prejuízos sofridos pela nação azteca, pela anexação (pelos 'states') de mais de metade do seu território : Texas, Arizona, Novo México, Utah, Califórnia, Colorado, etc., 'apanhados' na sequência de guerras de conquista, propositadamente «pensadas e montadas» para ampliar a geografia dos Estados Unidos da América...
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