No dia 5 de Julho de 1833, travou-se em águas algarvias a batalha do Cabo de São Vicente, entre uma armada dos liberais -superiormente comandada por Charles John Napier, um oficial de marinha inglês- e uma frota miguelista colocada sob a chefia do almirante António Torres Aboim. Foi uma das batalhas decisivas da guerra civil que então devassava Portugal, já que, depois deste recontro, o chamado 'rei caceteiro' deixou de dispor de forças navais e, obviamente perdeu poder militar. A armada liberal, que contava com 10 navios (número equivalente ao da força adversa, mas com menos canhões), compensou essa aparente desvantagem com uma manobra ousada, que consistiu em renunciar ao combate tradicional, com confrontos de artilharia entre navios, para recorrer à abordagem das fragatas e corvetas dos miguelistas. Essa táctica resultou em cheio e saldou-se com a tomada dos principais navios dos absolutistas e na debandada dos demais. Alguns destes, desorientados com o rumo dos acontecimentos, fizeram-se à vela para Lisboa, para Lagos e para a ilha da Madeira, onde acabaram por se render às forças fiéis a D. Pedro.
Bandeira azul e branca usada pelos Liberais
Bandeira branca usada pelos Absolutistas
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O quadro representando a batalha do Cabo São Vicente (topo) é da autoria do artista Antoine Léon Morel-Fatio.
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