Em 1982, o Reino Unido e a República Argentina encontravam-se envolvidos numa guerra, que teve como palco o arquipélago das Falkland e as águas do Atlântico sul. Causas do conflito : a soberania daquele território sob administração britânica, há muito, reivindicado por Buenos Aires; o oportunismo criminoso dos generais fascistas sul-americanos, que pretenderam, com a sua intervenção nas ilhas, dourar o prestígio do regime ditatorial, severamente contestado dentro e fora das fronteiras argentinas. Depois da invasão, a Grande Bretanha, então governada pela 'Dama de Ferro', enviou para o teatro de guerra poderosas forças militares, que acabaram por levar de vencida as tropas de ocupação de um arquipélago também chamado das Malvinas. Por causa da sua redescoberta, no início do século XVIII, por navegadores franceses originários de Saint Malo (os 'malouins' ou malvinos, como lhes chamavam as pessoas de língua espanhola). Mas os britânicos também passaram por maus bocados. Como aquele que hoje se comemora e que resultou na perda de um moderno 'destroyer' da armada real, o «Sheffield». Esse navio foi atingido (faz hoje 33 anos) por mísseis 'Exocet' disparados de aviões (da aeronaval argentina) do tipo Dassault 'Super Étendard'. Mísseis que lhe causaram estragos irreparáveis e que levaram ao seu afundamento uns dias mais tarde, a 10 de Maio de 1982. Apesar da sua derrota militar (e do drama que envolveu a morte de cerca de 600 jovens combatentes), a Argentina foi, afinal, quem mais ganhou com a guerra das Falkland, pois, na sequência desse confronto desastroso, pôde desembaraçar-se da sangrenta ditadura militar, que tanto mal fez ao país e ao seu povo.
Sem comentários:
Enviar um comentário