Esta formosa e pouco recatada dama é madre Paula de Odivelas, a amante favorita del-rei D. João V de Portugal. Segundo rezam as crónicas, esta religiosa trocou D. Francisco de Portugal, 8º conde de Vimioso -de quem fora amásia- para se entregar (em regime de exclusividade) ao senhor do ouro do Brasil; ouro que, para além de muitas outras extravagâncias, também serviu para proporcionar vida regalada a esta freira, sob forma de benesses vários, como influência política, dinheiro, jóias, palácios, etc.. A si e à sua descendência : os meninos de Odivelas, reconhecidos ('pos-mortem') pelo soberano como seus filhos bastardos. Dizem também os livros, que após a morte do rei (ocorrida em 1750), a famosa barregã do mosteiro de São Dinis (que lhe sobreviveu 35 anos) teve uma vida resguardada e pia, só lhe faltando... ser canonizada. Paula Teresa da Silva e Almeida (verdadeiro nome de soror Paula) foi alvo de uma verdadeira obsessão sexual por parte de D. João V; que, por essa razão, se viciou descontroladamente em afrodisíacos, nomeadamente na absorsão de poções à base de cantáridas, que lhe minaram a saúde e apressaram o seu fim. Curiosidade : o rei cobria a sua amante de prendas caras e únicas. É conhecido, por exemplo, o bizarro caso da banheira encomendada a um artista de Londres para uso exclusivo de madre Paula. Era, esse objecto, em prata maciça 'duplamente dourada'. Custou uma fortuna para a época. Isto, num tempo em que os Portugueses de baixa condição social morriam de fome e que, por vezes, faltava dinheiro para pagar os míseros salários da criadagem real...
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