«Como pode alguém governar uma nação, que tem duzentos e quarenta e seis tipos de queijo ?»
** General Charles De Gaulle (1890-1970), militar, estadista e escritor francês **
Em Janeiro de 1965, quando eu cheguei a França, o general De Gaulle presidia os destinos dessa velha e digna nação da Europa que generosamente me acolhera. Ainda aureolado pela sua acção de resistente e de fundador da França Livre -que nunca deixou de combater o nazismo, mesmo nos anos mais negros da ocupação- De Gaulle gozava da reputação de político íntegro e de inquebrantável defensor dos interesses da nação. Em Maio de 1968, eu não estava com De Gaulle, encontrava-me do outro lado da barricada, reivindicando mais justiça para a classe trabalhadora à qual eu me honrava de pertencer. Mas, quando, no final de um mês de crise e de violentos confrontos, De Gaulle teve que renunciar ao poder e retirar-se da vida política, eu senti, realmente, que a França tinha perdido um grande líder; que jamais seria substituído por um homem e um governante como a sua honradez, com a sua visão, com a sua grandeza. E não me enganei !
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