sexta-feira, 10 de julho de 2015
CINE-SAUDOSISMO (18)
«UM CASO DE VIDA OU DE MORTE» («A Matter of Life and Death») foi dirigido em 1946 por Michael Powell e por Emeric Pressburger. É um filme britânico (produzido pela Rank Organisation) que, curiosa e inteligentemente, associa a fotografia colorida ao preto e branco, segundo a conveniência e sensibilidade dos realizadores. Pertence ao género fantástico e conta-nos a história de um piloto de bombardeiro da RAF que, durante a 2ª Guerra Mundial, é abatido pelo fogo do inimigo. E que, antes de evacuar o seu avião em chamas, ainda tem tempo de entabular uma conversa com uma telefonista, auxiliar da força aérea, a quem ele vai confiar tudo o que lhe vai no espírito, num momento de grande aflição. O oficial inglês acaba por cair no mar e, depois de submetido a uma operação cirúrgica, vai poder encontrar-se com aquela por cuja voz sensual ele se apaixonara. Mas -há sempre um mas par complicar as histórias de amor- aparece um anjo para lhe anunciar que a sua sobrevivência é apenas virtual e que a sua vida na Terra será apreciada num tribunal celeste, que se pronunciará sobre o seu futuro... Esta obra-prima do supracitado duo de realizadores, que aqui combinaram, com maestria, o real e o imaginário, foi um dos mais belos filmes realizados no imediato pós-guerra pelo cinema inglês. Em «UM CASO DE VIDA OU DE MORTE» (que tem uma duração de 104 minutos), brilharam -com invulgar fulgor- os actores David Niven, Kim Hunter, Marius Goring, Roger Livesey e (entre outros mais) Richard Attenborough. Se nunca viu esta excelente fita, tente fazê-lo a todo o preço. Como, ao que julgo saber, não há, no nosso país, videograma editado, experimente no 'you tube' ou algures na rede global.
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