terça-feira, 28 de julho de 2015

PIRATARIA DE ESTADO

A conquista da Argélia em 1830, pelos Franceses, foi o acontecimento determinante para acabar, de vez, com a multisecular pirataria berberesca; cujos navios -poderosamente armados e comandados por capitães destemidos- zarpavam dos portos de Trípoli, Túnis, Argel e Salé, principalmente, para atacarem a navegação internacional que se aventurava no Mediterrâneo. Mas não só, já que, durante várias centúrias, foram frequentes as incursões dos piratas norte-africanos no oceano Atlântico, ao longo das costas da Europa ocidental. Por causa dessa rendosa actividade, os Estados Unidos da América, acabaram por comprometer-se em duas guerras contra os ditos piratas (em 1801-1805 e em 1815), por terem falhado todas as suas tentativas diplomáticas para encontrar uma solução entre partes; mas também pelo facto dos tributos e resgates vertidos pelos americanos aos Berberescos terem atingido somas exorbitantes, superando 1 milhão de dólares anuais. Essas guerras envolveram, sobretudo meios navais. Na imagem aqui anexada pode ver-se uma fragata da armada norte-americana a ser atacada por um xaveco árabe, navio ligeiro e muito manobrável utilizado pelos piratas do Magrebe. Região que, ao tempo, estava submetida ao poder otomano. (Clicar com o rato para poder observar a ilustração detalhadamente).

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