domingo, 5 de julho de 2015
CINE-SAUDOSISMO (17)
«FORTE MASSACRE» («Fort Massacre») é um western militar estreado em 1958. Teve realização de Joseph M. Newman e contou com a participação dos actores Joel McCrea, Forrest Tucker, Susan Cabot e John Russell (tudo gente com experiência neste género fílmico) no desempenho dos principais papéis. A acção desenrola-se no território do Novo México, no ano de 1879. No decorrer de uma patrulha, uma unidade de cavalaria do exército dos Estados Unidos é atacada por um aguerrido bando de Apaches. No rescaldo do combate, verifica-se que as baixas dos militares brancos são elevadíssimas, já que metade do seu efectivo fora posto fora de combate, incluindo-se, no número de mortos e feridos, todos os oficiais do destacamento. Nesse transe, o comando da coluna é assumido pelo sargento Winson, a quem incumbe a responsabilidade de conduzir os sobreviventes até ao longínquo Forte Crane, onde está estacionado o regimento a que pertencem. Acontece, porém, que o novo comandante é um inimigo figadal dos pele-vermelhas (que massacraram a sua família) e vai tirar partido da situação para fazer a sua guerra pessoal e tentar saciar a sua incomensurável sede de vingança. Mas os soldados vão rebelar-se contra as veleidades do sargento, que são incompatíveis com as suas 'chances' de sobrevivência... «FORTE MASSACRE» é uma fita de série B -distribuída pela United Artists- mas distingue-se no panorama do cinema western do seu tempo por várias razões; sendo, sem dúvida, a mais notável o facto de Newman ter quebrado um tabu, ao mostrar, neste seu filme, uma rebelião no seio da intocável instituição militar. Mostrando um levantamento generalizado de simples soldados (que querem salvar a pele) contra os intentos de um graduado despótico e obsecado pelo seu conflito pessoal contra os índios. E que acaba lamentavelmente a sua carreira e os seus dias com um tiro nas costas, disparado por um dos seus próprios subordinados. Outro ponto altamente positivo para esta excelente película, é o facto do seu director de fotografia -Carl Guthrie- nos ter passeado por algumas das mais agrestes (mas também mais fotogénicas) regiões do mítico Faroeste. Filme colorido, com 80 minutos de duração. Sem cópia videográfica editada no nosso país.
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