
sexta-feira, 31 de julho de 2015
JÁ ESTREOU (ONTEM) O NOVO «PÁTIO DAS CANTIGAS»

RASGANDO AS TREVAS...

POLÍTICA E QUEIJOS

** General Charles De Gaulle (1890-1970), militar, estadista e escritor francês **

Em Janeiro de 1965, quando eu cheguei a França, o general De Gaulle presidia os destinos dessa velha e digna nação da Europa que generosamente me acolhera. Ainda aureolado pela sua acção de resistente e de fundador da França Livre -que nunca deixou de combater o nazismo, mesmo nos anos mais negros da ocupação- De Gaulle gozava da reputação de político íntegro e de inquebrantável defensor dos interesses da nação. Em Maio de 1968, eu não estava com De Gaulle, encontrava-me do outro lado da barricada, reivindicando mais justiça para a classe trabalhadora à qual eu me honrava de pertencer. Mas, quando, no final de um mês de crise e de violentos confrontos, De Gaulle teve que renunciar ao poder e retirar-se da vida política, eu senti, realmente, que a França tinha perdido um grande líder; que jamais seria substituído por um homem e um governante como a sua honradez, com a sua visão, com a sua grandeza. E não me enganei !
O NEVOEIRO QUE PERDURA

A XAPUTA, UMA ILUSTRE DESCONHECIDA


(*) Os carrinhos dos peixeiros daquele tempo eram, geralmente, de pequenas dimensões, ligeiros, de formas toscas e assentes em duas rodas de bicicleta. Eram empurrados (por isso estavam equipados com um par de varais) pelos respectivos utilizadores e para além do pescado destinado à venda, dispunham de uma prancha para o amanhar, de jogos de facas, de reservas de sal e de gelo e de um balde para acumular as entranhas ou, pelo menos, aquelas que as freguesas não reclamavam para os seus bichanos. Tudo isto se cobria com um espesso oleado, para tentar preservar a frescura do peixe. Cuja venda se aconselhava a fazer nas duas ou três horas após a sua partida da praça de origem.
quarta-feira, 29 de julho de 2015
«MUDAR DE VIDA»

OS DERRADEIROS COMBATES DOS MESSERSCHMITT Bf-110



Nestas duas últimas imagens podem ver-se, nitidamente, as antenas dos radares 'Liechtenstein' (detectores de longo alcance fabricados pela firma Telefunken) que equiparam essas excelentes plataformas de fogo que foram, com efeito, os Bf-110 'nocturnos'.
NO TEMPO EM QUE EU PODIA ESCOLHER AS MINHAS FÉRIAS...


«CAMPINO»

https://www.youtube.com/watch?v=YTiq8LsW_Mo
FOTOGRAFIAS COM HISTÓRIA (45)

APENAS LENHA...
A PROPÓSITO DE UM HERÓI


Esta é a Casa do Passal, em Cabanas de Viriato (concelho de Carregal do Sal), que foi, outrora a moradia familiar de Aristides de Sousa Mendes. Apesar das inúmeras promessas oficiais (mas não só) para lhe devolver a dignidade que já teve e passar a servir de lugar de memória, ainda não foi recuperada...
COISAS DO FUTEBOL

BOA E SAUDÁVEL SALADA


3 laranjas descascadas e cortadas em cubos;
folhas de agriões (sem talos), em quantidade suficiente;
1 cebola de tamanho média, cortada muito fininho;
pinhões;
azeitonas pretas;
azeite (extra virgem);
sumo de limão.
Depois é só meter-lhe o dente e degustá-la, acompanhada por um vinho rosé ligeiro e bem fresquinho, de preferência. Dito isto, só me resta desejar-vos Bom Apetite !
terça-feira, 28 de julho de 2015
PIRATARIA DE ESTADO

segunda-feira, 27 de julho de 2015
CINE-SAUDOSISMO (21)


«LE SILENCE DE LA MER» é um filme francês, realizado em 1947 por Jean-Pierre Melville. É uma adaptação cinematográfica da comovente novela homónima de Vercors, nome de guerra de Jean Brulier, resistente e escritor sobejamente conhecido. Duma tristeza infinita, esta obra -levada aos ecrãs com grande sensibilidade e rigor- espelha o estado de espírito de uma família gaulesa perante a ocupação do seu país pelas hordas nazis. Um tio e uma sobrinha, que vivem retirados numa cidadezinha de província, são forçados a dar alojamento, em sua casa, a um oficial do exército alemão. E vão resistir à sua maneira, fechando-se num mutismo hermético, perante as repetidas tentativas do hóspede (que apesar de envergar uma farda odiada, é um homem civilizado, compreensivo e imbuído de cultura francesa) para estabelecer o diálogo. Filme intimista, atípico na obra do seu realizador -que também o produziu- «LE SILENCE DE LA MER» é uma fita marcante do cinema francês do imediato pós-guerra e a nenhuma outra igual. Filme que se tornou uma bandeira da resistência, não-activa, de muitos milhares de gauleses à ocupação do seu país pelos exércitos de Hitler. O livro que o inspirou já fora um excepcional êxito de vendas e o filme que dele resultou veio confirmar o interesse por uma história que respeita a atmosfera de um tempo (a acção começa em 1941) carregado de ameaças e de indefinições para a Europa e para a liberdade dos povos. Esta película tem fotografia a preto e branco e uma duração de 88 minutos. Os três principais papéis foram interpretados por Howard Vernon, Jean-Marie Robain e Nicole Stéphane.

ATÉ OS ANJOS BEBEM...
A ESSÊNCIA DOS NOSSOS POETAS

altas e soltas correram os rios na gente
rios de lava Lisboa inflamada acorrendo fremente
nos dias eu se abriram vinda das faldas vertida
dos dormitórios da cintura fumegante e mecanizada
Lisboa livre acorreu
enxameadas as veias avenida da liberdade
rossio terreiro do paço Belém
– e além na outra banda absurdo o cristo:
braços em cruz impotente –
e correndo os rios cada vez mais latos
até o súbito despedaçar-se da seda contra a amurada
afundadas as olheiras da vigília entornadas
as falas em busca do nexo – e achámos esta sorte
o sangue agitado o tempo:
uníssono o nosso grito
escancarado em cada rua
em passo de estar alerta
uníssono ressoou porém mais fundo.
E assim nos pergunto que águas nos lavaram tão de dentro
e levaram alamedas da liberdade acima
que rios tão feitos de luta e punhos? alegria?
** Wanda Ramos (1948-1998) - É uma poetisa portuguesa, natural do Dundo, Angola. Filha de portugueses, veio para a Europa em 1957. Formou-se em Filologia Germânica na Faculdade de Letras de Lisboa. Para além de ser uma poetisa reconhecida e publicada, foi prosadora (em 1980, foi galardoada com o Prémio Ficção da Associação Portuguesa de Escritores), professora e tradutora. O seu primeiro livro de poemas intitulou-se «Nas Coxas do Tempo» (1970) **
ALERTA !

A fotografia anexada não tem relação com o texto. Trata-se, apenas, de uma bonita viatura dos Voluntários Lisbonenses, de 1957.
FILETES DE ARENQUES MARINADOS

LEMBRANDO «SEARA DE VENTO»

Esta prosa é da autoria do escritor Manuel da Fonseca (1911-1993) e pertence ao seu livro «Seara de Vento»; que muitos críticos e leitores não hesitam em classificar como uma das obras mais marcantes da nossa literatura do século XX. O autor situou o contexto deste seu romance no Alentejo dos difíceis anos 50; num tempo em que a injustiça dos agrários e a repressão policial (apoiadas pela hierarquia da Igreja Católica) se abatiam impiedosamente sobre as populações rurais. Sobretudo sobre aquelas que ousavam romper a barreira do medo levantada pelo salazarismo de triste memória e gritavam a sua indignação. O drama descrito por Fonseca em «Seara de Vento» inspirou-se, aliás, num violento e verídico acontecimento, que teve lugar, duas décadas atrás, no Alentejo. Região que o autor tão bem conhecia, até por dela ser originário. Aqui há uns anos atrás, emprestei este livro -que muito estimava- a um amigo, que fez o favor de não me o devolver. Certamente por, também, muito o ter apreciado... Enfim, que lhe faça bom proveito ! Mas eu tenho vontade de mergulhar, de novo, nas páginas de «Seara de Vento». Um livro tão útil para lembrarmos o passado e até para compreendermos os tempos que correm... Qualquer dia, quando estiver mais abonado, volto a comprá-lo.

UM FORMIDÁVEL PALÁCIO FORTIFICADO

domingo, 26 de julho de 2015
EL VAQUERO

NO REINO DA DINAMARCA
AÍ ESTÃO AS ESFARRAPADAS PROMESSAS DO COSTUME !

BACALHAU SIM, BACALHAU NÃO


MARAVILHAS DO ALENTEJO

sexta-feira, 24 de julho de 2015
EFEMÉRIDE




CINE-SAUDOSISMO (20)


INESQUECÍVEL MADJER

quinta-feira, 23 de julho de 2015
DOS JORNAIS...

quarta-feira, 22 de julho de 2015
MUDAR O MUNDO...
CINE-SAUDOSISMO (19)


Subscrever:
Mensagens (Atom)