..... Há muitos anos (certamente mais de 30 !) que não visito essa maravilha da nossa arquitectura gótica, que é a abadia cisterciense de Alcobaça. E confesso que gostaria de voltar a entrar nesse venerável edifício do séculoXII, onde -nos seus magnificentes túmulos- repousam os restos mortais de Pedro e Inês. À vezes, estas falhas acontecem por pura negligência... A dita abadia medieval dista pouco mais de 120 quilómetros da minha actual residência e uma ida a Alcobaça não implica assim tanta dificuldade e tanto sacrifício como parece. É só uma questão de disponibilidade. Qualquer dia dou lá uma saltada. Não para visitar a integralidade do mosteiro -cujos edifícios se foram construindo ao longo dos séculos e compreendem elementos (aliás muito interessantes) em estilos Manuelino, Maneirista e Barroco- mas para me cingir à obra medieva, que é aquela que mais curiosidade me desperta. A abadia de Alcobaça é também panteão real, já que para além do túmulo (precedentemente citado) de Pedro, o Cruel, contém as jazidas de D. Afonso II e de D. Afonso III. Lembro que foi Joaquim António de Aguiar, alcunhado o Mata-Frades, que, por decreto promulgado em 1834 (no quadro da extinção das ordens religiosas em Portugal), expulsou de Alcobaça a última comunidade monástica. E que o edifício, no seu todo, é Monumento Nacional desde 1910. Este mosteiro também foi classificado -desde 1989- pela UNESCO, como Património da Humanidade. Na base do que aqui fica dito, vejam lá se vale ou não a pena fazer uma visita atenta a esta maravilha do nosso património...
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