quinta-feira, 25 de setembro de 2014
UM MUNDO DIFERENTE... AQUI TÃO PERTO
Passei 3 agradáveis dias da passada semana numa cidade espanhola da região autonómica da Extremadura. Na cidade de Mérida, que, geograficamente, se situa mais perto da minha aldeia alentejana do que de Lisboa. Quer dizer, uma terra que está mesmo aqui à mão de semear e que nós, Portugueses, continuamos teimosamente a ignorar. Lamentavelmente ! A primeira vez que lá estive foi em Janeiro de 1965 (há uma eternidade !) e da cidade monumental pouco, então, vi e apreciei. Devido, primeiramente, aos constrangimentos próprios dos tempos do franquismo, mas também ao facto da cidade ainda não oferecer os atractivos turístico-culturais que hoje os seus visitantes tanto apreciam. Porque, nos nossos dias, a antiga capital da Lusitânia romanizada é um gigantesco e riquíssimo museu a céu aberto. Uma cidade histórica com um património monumental impressionante, que faz dela (como diz um bem pensado 'slogan' turístico) «a Roma da Extremadura». São inúmeros e grandiosos os vestígios do seu passado imperial e que, só por si, justificam uma visita mais ou menos demorada à antiga Emerita Augusta. Eu tive a oportunidade de visitar (com um único bilhete de 6 euros; porque tenho mais de 65 anos de idade) o Teatro e Anfiteatro, a 'Alcazaba', a Zona Arqueológica Morería, a Cripta Santa Eulalia, o Circo Romano e a Casa Mitreo e Columbários. Entrei gratuitamente (também pelas mesmas razões) no extenso e valioso Museu Nacional de Arte Romana, percorri parte da famosa e bem preservada ponte -ligando as duas margens do Guadiana- que foi a mais extensa de todo o Império. Dei uma volta completa e panorâmica (por 3,50 euros) à capital da Extremadura e passeei pelas ruas e praças de Mérida, onde fervilha uma vida social e uma animação que nada têm a ver com as das nossas cidades e vilas. Isso devido, com certeza, a uma maneira diferente e mais aberta de encarar a existência e os tempos de crise. Outra componente preciosa dessa minha curta viagem foi a gastronómica. Pois tive o supremo prazer de almoçar nos dois melhores restaurantes da cidade -o «Rex Numitor» e o «Quintaesencia»- que merecem largamente (pelos pitéus apresentados, pelo serviço prestado e pela simpatia) a reputação que têm. À noite, eu, e os meus três acompanhantes, limitámo-nos a provar as tapas e bebidas locais de circunstância; que também elas raramente desiludiram. O alojamento (2 noites) foi feito num hotel do centro da cidade (o «Rambla Emerita»), que, apesar das suas 2 modestas estrelas nos satisfez plenamente. Tanto a nível de acomodações, como de higiene, como de preço. E, já agora, aqui fica o meu agradecimento ao seu recepcionista Manuel Silva, um profissional competente e sempre amável. Fico cá com a ideia de que, qualquer dia, voltarei à Extremadura. Uma terra generosa e com encantos mil.
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