terça-feira, 23 de setembro de 2014
SALÁRIO MÍNIMO OU ROUBO DESCARADO ?
Prosseguem (desde há longos meses) as negociações entre parceiros sociais, para tentar passar o salário mínimo nacional (fixado, desde 2010, nuns míseros 485 euros mensais) para um patamar um poucochinho menos ridículo. Até agora sem resultado, porque os patrõezitos portugueses -que se contam, certamente, entre os mais sórdidos do mundo capitalista- teimam em negar mais uma notita de 20 euros aos seus escravos. Por um mês inteirinho de trabalho ! Relativamente a isso, eu cá continuo na minha e a pensar que gente dessa não deveria ser autorizada a abrir e/ou gerir uma empresa. Para mim, quem tem a ousadia de 'oferecer' (nos dias que correm) salários inferiores a 750 euros mensais aos seus empregados, deveria ser assimilado a esclavagista e corrido definitivamente do mundo empresarial. Essa tropa fandanga -que age com a cumplicidade do (des)governo que temos- não merece lidar com pessoas, nem reivindicar o estatuto de patrão. Porque, para ela, os Mercedes e as jantaradas passam antes (muito antes) do que deveria ser o bem-estar dos seus colaboradores. E, cúmulo da pouca vergonha, segundo os jornais que tenho lido nestes últimos dias, os 'patrões' ainda têm o descaramento, a desfaçatez, de tergiversar sobre o pagamento das horas extraordinárias e do labor efectuado aos domingos e feriados. Irra, que é demais !
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