Um dos dramas mais pungentes da Segunda Guerra Mundial foi, certamente, o provocado pelo soçobro do cruzador norte-americano USS «Juneau», que sucumbiu -no dia 13 de Novembro de 1942- aos ataques dos japoneses durante a mortífera batalha de Guadalcanal. É que da guarnição desse navio faziam parte 5 irmãos de apelido Sullivan; que todos morreram, no mesmo dia e praticamente à mesma hora, no desastroso afundamento do seu navio, onde as vítimas se contaram às centenas. Mas esse estado de coisas até era banal num conflito com a dimensão da guerra naval do Pacífico, durante a qual centenas de navios de todos os tipos (essencialmente norte-americanos e nipónicos) foram atirados para o fundo do oceano, na sequência de renhidos combates. O que chocou a opinião pública dos Estados Unidos, foi a imprudência manifestada pelo estado-maior da 'US Navy', quando este imprudentemente aceitou o alistamento no mesmo navio de cinco combatentes da mesma família. A posteriori, a marinha de guerra ianque reconheceu o seu erro e nunca mais autorizou que situação semelhante se repetisse. O mesmo aconteceu, aliás, nos outros ramos das forças armadas estadunidenses, que evitaram concentrar nas mesmas unidades combatentes pertencendo ao mesmo clã familiar. E, depois da morte dos Sullivan, até foram mais longe : quando uma família perdia dois dos seus filhos em combate (em frentes distintas), tudo se fazia para proteger os outros irmãos sobreviventes. Foi esta situação que serviu de tema (como estarão lembrados) ao famoso filme de Steven Spielberg «O Resgate do Soldado Ryan» (1998). Agora, a propósito de cinema, aproveito para referir que, logo em 1944, um filme prestou homenagem aos manos George, Francis, Joseph, Madison e Albert Sullivan. Intitulou-se essa fita «The Fighting Sullivans» e foi realizada por Lloyd Bacon. Por outro lado, a marinha de guerra dos Estados Unidos também perpetuou o apelido dos malogrados irmãos em dois dos seus navios de guerra (sendo um deles de construção recente), ao baptizá-los com o nome «The Sullivans».
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