segunda-feira, 2 de junho de 2014
ESTAMOS NO TEMPO DAS CEREJAS; FRUTOS PARA DEGUSTAR SEM LIMITAÇÕES
Adoro cerejas. Da Gardunha, de Resende, da serra de Portalegre ou de cascos de rolha... Pouco importa a origem. O que interessa é que sejam grandes, carnudas e doces. Estamos em plena época desses frutos e é necessário aproveitar a ocasião para os degustar à fartazana; porque o tempo das cerejas é sempre muitíssimo curto. Tenho duas cerejeiras na horta, mas a sua produção anual limita-se a um quilito por árvore... Isto, porque a minha região não tem um clima favorável ao desenvolvimento destes deliciosos frutos vermelhos. Em contrapartida, e inexplicavelmente, detesto as sobremesas (doces, compotas, queques, tartes, etc) confeccionadas com cerejas. Vá lá saber-se porquê ?!... Há muitos anos, no quintal da casa de meus pais, no norte da Normandia, havia duas cerejeiras que carregavam intensamente na época própria. Uma dessas árvores produzia 'Burlats' e a outra frutos da espécie 'Napoléon'. Ambos deleitosos. A passarada também apreciava muito as nossas cerejas. E, um dia, frustrados por uma colheita precoce (e para eles inesperada), fizeram viver a minha mãe uma cena digna do famoso filme de Hitchcok. A minha progenitora -que conta actualmente 91 anos de idade- ainda hoje fala nisso e se arrepia...
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