segunda-feira, 23 de junho de 2014

CAMPEÕES !!!

Está-se ainda na primeira fase da Taça do Mundo de futebol e o previsível (salvo para os 'peritos') aconteceu : a selecção portuguesa da modalidade já está com um pé (e meio) fora da competição. Por falta de combatividade e de atitude; como ontem ficou demonstrado no jogo que «a equipa de todos nós» disputou com a modesta formação estadunidense. O rapazes (mesmo aquele que a imprensa e a quase generalidade da opinião pública deificou) estão extremamente cansados e parece já terem o espírito nas férias, a passar numa ilha paradisíaca, com praias de águas cálidas, palmeiras, mulheres de sonho e outros prazeres de milionários. Nós até os compreendemos. O que não valeu realmente a pena foi todo o alarido feito à sua volta e a utópica ideia de os ver sagrados campeões do mundo. Enfim, daqui a quatro anos os seus sucessores farão (certamente) melhor. É só aguardar... Enquanto isso, desportistas lusos de modalidades desprezadas pelos jornais, rádios e televisões vão acrescentando à glória deste país de sonhadores. Por isso, quero aqui lembrar que ontem, no leste europeu, o ciclista Tiago Machado ganhou brilhantemente a volta à Eslovénia, superando alguns atletas de relevo, tais como o russo Zakarin e o italiano Rabottini. Parabéns, pois, ao ciclista de Vila Nova de Famalicão (um antigo colega de equipa de Lance Armstrong, o que já nem é uma referência), que, com esta sua vitória no estrangeiro, muito honrou a sua disciplina desportiva e as cores verde-rubras do seu país. Também quero deixar aqui o meu apreço pela 'performance' de Rui Costa, campeão do mundo de estrada, que, também no dia de ontem, se sagrou -pela terceira vez consecutiva- vencedor da volta à Suíça. Proeza que, no passado, só foi igualada pelos campeoníssimos Ferdinand Kubler e Hugo Koblet. Curiosamente, o mundo é assim feito : enquanto a imprensa de hoje se foca na derrota dos futebolistas (com títulos garrafais nas primeiras páginas dos jornais e muitas fotografias), os êxitos dos nos nossos ases do pedal são remetidos para o interior dos ditos quotidianos e descritos em três ou quatro pouco entusiasmantes linhas. Toma !

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