sábado, 14 de janeiro de 2017

MALDITAS GUERRAS !!!

Já lá vão 100 anos que os soldados portugueses se bateram, sofreram e morreram nas abomináveis trincheiras de Flandres. Durante uma guerra medonha e sem glória, que deixou cicatrizes profundas em toda a Europa e nos sobreviventes de uma carnificina sem nome. Tragédia que viria a repetir-se -ainda com mais violência- volvidos alguns anos de paz podre. A guerra é uma abominação, premeditada e perpetrada por políticos e por generais que, é um facto, lhe sobrevivem, mantendo-se longe das zonas da matança. Dizer não ás guerras e denunciar a sua desumanidade é, por vezes mais difícil do que alinhar com a mansa carneirada, que com tudo se conforma e que a tudo diz ámen; mas é dever de todos aqueles que são contra as injustiças e a ignomínia denunciar os sinais que, fatalmente, nos empurram para o desastre. É por essa razão que me mantenho de olhos bem abertos perante as desgraças ocasionadas pela atroz guerra da Síria e, também, sobre as movimentações daqueles que, nos EUA, querem lançar o presidente Donald Trump num conflito aberto contra Russos e Chineses. Conflito que, levado até às últimas consequências, conduziria -como ninguém ignora- o mundo ao Apocalipse. A Natureza deu-nos o dom da palavra e a dádiva da inteligência. Então, porque não nos servirmos desses atributos para dialogarmos com o outro ? - O 'outro' que não podemos tratar de inimigo sem o escutar; o 'outro' a quem não podemos apontar o dedo (seja qual for a razão invocada) sem o ouvir. Estou certo que, hoje (salvo certos 'iluminados' e alguns outros falcões e abutres que todos conhecemos e que é conveniente e urgente neutralizar), toda a Humanidade aspira à paz. Partamos, pois, dessa verdade gritante, para resolvermos os nossos diferendos pela via das conversações e poupemos às populações o horror de conflitos longos, devastadores, criminosos. Utopia, dirão alguns... O caminho, direi eu ! E que para sempre se lixem os mercadores de canhões e as aves agoirentas que lhes servem de arautos...

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