terça-feira, 24 de janeiro de 2017

A GUERRA NO ANO 2 000

Esta imagem, da autoria de um artista francês de inícios do século XX, mostra como seriam, segundo as suas previsões, as guerras do ano 2000 e ilustra os 'terríficos' meios de destruição utilizados nos conflitos que, então, devastariam a Terra. Ingenuidade total ! Que nos faria sorrir, se a guerra não fosse -em todos os tempos e em todos os casos- coisa séria e causadora de desgraças sem nome. É verdade que, há 100 anos, ninguém podia calcular (com rigor) os progressos da técnica; que fariam, por exemplo, os aeroplanos (então feitos de pau, de arame e de lona) transformarem-se, no espaço de poucas décadas, em engenhos supersónicos capazes de transportar armas de potência arrasadora. Ninguém podia então imaginar a rapidez com que navios de propulsão mista (vela/vapor) se poderiam transmutar nos porta-aviões nucleares dos nossos dias, capazes de transportar 100 aeronaves, algumas delas carregadas com armas atómicas, prontas a transformar num montão de cinzas radioactivas as maiores cidades do planeta. Era inimaginável, no ano de 1900, sonhar sequer que, um século mais tarde, fosse dado o ensejo a certos governantes de poder carregar no botão que tornaria possível a Apocalipse e transformar a Terra num calhau estéril, sem que nele subsista uma erva viva ou o mínimo traço de vida animal. É nisto que estamos agora. Num tempo em que os homens se encontram, visivelmente, mais divididos do que nunca e com líderes de responsabilidade planetária, que não nos inspiram a menor confiança. Que pena não podermos trocar tudo o que agora temos nos arsenais do ano 2000, pelos 'terríficos' engenhos desta imagem de Épinal. E, já agora, não podermos trocar, também, os homens políticos do nosso tempo pelos fomentadores das guerras que outrora se disputaram com arcos e flechas...

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