«BEN-HUR» (mesmo t.o.) é, incontestavelmente, um dos monumentos do cinema mundial, Película com 230 minutos de duração, beneficiou das mais modernas e espectaculares técnicas do tempo, tais como o formato 65 mm, a Panavision ou o som estereofónico. Se a isso juntarmos a esplêndida fotografia (a cores) de Robert L. Surtees, a música de Miklos Rozsa, um fabuloso guarda-roupa, um 'casting' de luxo encabeçado por Charlton Heston e outras 'bagatelas', é absolutamente normal que esta fita tenha arrebatado 11 óscares e os aplausos unânimes da crítica mundial e do público. Produzido e distribuído pela companhia Metro-Goldwyn-Mayer, esta película teve argumento adaptado (por Karl Tunberg) do romance homónimo de Lewis Wallace; personagem colorida que, para além de ter sido um dos generais nortistas da guerra de Secessão, foi governador do então território do Novo México, onde conheceu, pessoalmente, o jovem fora-da-lei William Bonney, aliás Billy the Kid. A história contada desenrola-se nos tempos da paixão de Cristo, numa Judeia ocupada pelos Romanos, e relata a relação conflituosa entre dois amigos de infância : o príncipe Judah Ben-Hur (que advoga a causa de uma Judeia livre da 'protecção' imperial) e Messala, um jovem e fogoso general de Roma, recentemente investido nas funções de governador militar de Jerusalém. O confronto entre os dois homens provoca uma série de peripécias, que vão levar à infame persecução da família Hur e à condenação às galeras do príncipe judeu. Mas o mundo dá muitas voltas e uma delas trás de retorno à Jerusalém um inimigo de Messala reabilitado e sedento de justiça. O afrontamento final entre estes dois homens irredutíveis dá-se no circo. onde -durante uma movimentada corrida de quadrigas- Ben-Hur vence, humilha e mata o seu arrogante e perverso adversário. Pouco depois, um milagre ocorrido num antro de leprosos, onde, até então, haviam miseravelmente sobrevivido a mãe e a irmã de Judah, coincide com a morte na cruz de um certo Jesus da Galileia, cujas pregações sobre a fraternidade e o amor universal muito haviam inquietado o rei Herodes e o seu comparsa romano Pôncio Pilatus. Presente no Gólgota no momento da crucifixão, Judah Ben-Hur reconhece no condenado um homem que, por duas vezes, cruzara a sua vida e no qual muita gente vê o messias anunciado pelas escrituras... Fabuloso filme ! Fabuloso drama ! Que jamais se apagará da memória das muitas centenas de milhões de espectadores que o viram aquando da sua estreia e ao longo de anos de reposições e de transmissões televisivas. Curiosamente, «Ben-Hur» foi representado -já com grande sucesso- nos palcos dos teatros norte-americanos desde 1899 e foi alvo da sua primeira versão cinematográfica em 1907. Em 1926 foi, de novo, levado aos ecrãs por Fred Niblo; que ofereceu ao público uma obra que, ao tempo, foi considerada de excepcional qualidade e que, felizmente, já foi editada em DVD. Também com várias edições videográficas em Portugal, está o filme em apreço, cuja realização se ficou a dever a William Wyler (1959); e cuja cópia é, obviamente, obrigatória na DVDteca do todo o coleccionador que se preze.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário