sexta-feira, 20 de novembro de 2015
COISAS DA NOSSA HISTÓRIA : O PRIMEIRO COMBATE NAVAL
Em 1121, as relações entre as condessas Urraca e Tareja -respectvamente filha legítima e filha bastarda de D. Afonso VI, rei de Leão- degradaram-se e arrastou-as para um conflito de interesses, que se focalizou na raia minhota. E que teve como principal objectivo o alargamento territorial dos condados galego e portucalense. Nessa guerra, apenas contaram as ambições de cada uma das irmãs desavindas e a sua insaciável sede de poder. Foi nesse contexto que, durante uma tentativa de D. Tareja (mãe de Afonso Henriques) para se apoderar de Tuy, que se travou, no rio Minho, aquele que pode considerar-se o primeiro de todos os combates navais da nossa História. Isto, porque embora a independência total do nosso país ainda tivesse alguns anos de lutas pela frente, já existia na gente de Ribadouro um genuíno espírito de portugalidade. Parece que essa refrega -conhecida como Combate Naval do Rio Minho ou da Ínsua- mobilizou várias fustas de ambos os partidos e que o seu resultado não foi determinante. Para nenhum dos lados. Mas é bom saber que essa luta foi travada e que ocorreu quase 60 anos antes do famoso combate disputado -ao largo do cabo Espichel- entre a frota comandada por D. Fuas Roupinho e por uma força naval do reino mouro de Sevilha. Para voltar à querela entre galegos e portucalenses, diga-se que a dita foi ultrapassada com as Pazes de Lanhoso, que puseram, por um tempo, termo às desavenças entre irmãs. Nota : a imagem anexada não representa o Combate Naval da Ínsua (ou do Rio Minho), do qual não existe iconografia, mas o da também referida Batalha de Espichel.
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